MEIO AMBIENTE

Brasil registra aumento alarmante de 203% em queimadas

Dados são referentes a um comparativo entre junho e maio

Ipolítica

Comparativo entre os meses de junho e maio registrou aumento preocupante no número de queimadas no país.
Comparativo entre os meses de junho e maio registrou aumento preocupante no número de queimadas no país. (reprodução / TV Mirante)

BRASÍLIA - Dados preocupantes do MapBiomas revelaram que as queimadas em diversos biomas brasileiros apresentaram um aumento de 203% no mês de junho, comparado ao mês de maio. O total de área devastada alcançou 543 mil hectares, sendo 81% desse território composto por vegetação nativa.

O bioma mais afetado pelas queimadas foi o Cerrado, com 425 mil hectares atingidos, seguido pela Amazônia, com 102 mil hectares devastados.

Dentre as unidades de conservação mais afetadas pelos focos de queimada no mês, destacam-se a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e o Parque Nacional do Araguaia.

Embora o aumento seja alarmante para junho, se considerarmos o panorama do primeiro semestre, foi registrada uma diminuição de 1% na quantidade de queimadas em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 2,15 milhões de hectares devastados.

A Amazônia contribuiu significativamente para essa estatística, apresentando um aumento de 14% nas queimadas durante o período, com 1,45 milhão de hectares destruídos, correspondendo a 68% de toda a área queimada no país. Roraima foi o estado mais afetado, com 1 milhão de hectares devastados, especialmente nas cidades de Normandia, Pacaraima e Boa Vista.

O Cerrado também se destacou com 639 mil hectares devastados, representando um aumento de 2% em relação aos primeiros seis meses de 2022.

Das áreas queimadas no primeiro semestre deste ano, 84% eram compostas por vegetação nativa, com a maioria situada em formações campestres. O uso agropecuário teve papel significativo nas queimadas, com as pastagens representando 8,5% de toda a área devastada.

De forma surpreendente, os dados revelaram que na Mata Atlântica (10.220 hectares) e no Pantanal (13 mil hectares), a área queimada no primeiro semestre foi a menor registrada nos últimos cinco anos.

Por outro lado, a Caatinga também apresentou uma tendência de queda, com a área queimada no primeiro semestre inferior à dos anos anteriores, totalizando 818 hectares atingidos. Já no Pampa, foram queimados 7 mil hectares.

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