BRASÍLIA - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reafirmou nesta quarta-feira (19) a intenção da estatal em explorar petróleo e gás natural na região da "Margem Equatorial" brasileira, que abrange a faixa litorânea desde o Amapá até o Rio Grande do Norte. A empresa busca obter uma licença do Ibama para realizar uma perfuração de teste em uma área próxima à foz do Rio Amazonas, o que gerou uma crise interna no governo.
Prates ressaltou que a exploração dessa área é uma questão de Estado, e que o governo está trabalhando para resolver os impasses internamente. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente, a disputa com o Ibama, que inicialmente negou o licenciamento para a perfuração, envolveu outros órgãos governamentais, como a Casa Civil e a Advocacia-Geral da União (AGU). A questão chegou à presidência da República, e o vice-presidente Geraldo Alckmin precisou intervir para resolver a crise que surgiu entre os ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Marina Silva, do Meio Ambiente.
A Petrobras argumenta que a exploração dessa área é fundamental para sua sobrevivência, pois vai suprir a produção após o esgotamento das jazidas do pré-sal na Bacia de Campos, previsto para a próxima década.
"Essas bacias vão atingir sua maturidade, e a produção do pré-sal atingirá seu pico por volta de 2030, 2032. Para garantir a segurança energética brasileira e a sobrevivência da Petrobras como empresa de exploração de petróleo, precisamos buscar novas fronteiras exploratórias", afirmou Joelson Mendes, diretor de exploração e produção da Petrobras, durante a entrevista.
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