Reforma Tributária

Proposta aprovada pela Câmara prevê cashback, mas detalhes ainda precisam ser definidos

Reforma tributária prevê uma espécie de devolução de parte dos impostos aos contribuintes. Essa devolução é chamada de cashback.

Ipolítica com informações da CNN

Deputados aprovaram reforma tributária prevê uma espécie de devolução de parte dos impostos aos contribuintes
Deputados aprovaram reforma tributária prevê uma espécie de devolução de parte dos impostos aos contribuintes (Zeca Ribeiro / Agência Cãmara)

BRASIL - A reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada prevê uma espécie de devolução de parte dos impostos aos contribuintes. Essa devolução é chamada de cashback. No entanto, os detalhes ainda precisam ser definidos, como o público beneficiado, valores e o próprio mecanismo de funcionamento. A expectativa é que isso seja feito depois por meio de um projeto de lei complementar.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma aprovada diz que futura lei vai estabelecer as “hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda”.

Em entrevista, o secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que pretende debater com estados e municípios, ao longo do segundo semestre, o texto de regulamentação dos pontos ainda deixados em aberto pela reforma, como as regras do cashback e a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Appy falou em enviar ao Congresso Nacional na abertura do ano legislativo de 2024, em fevereiro, o projeto de lei complementar que regulamenta esses pontos.

A intenção do governo federal e do relator, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é que o mecanismo de cashback sirva para ajudar a diminuir a desigualdade socioeconômica no país.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse ser uma “devolução para os pequenos”.“A pessoa vai poder receber uma pequena devolução. Isso inclui aquelas pessoas que não têm renda e que não têm patrimônio no processo produtivo e no processo de reconstrução nacional”, declarou.

O deputado petista Rubens Pereira Júnior (MA) comparou o cashback com o sistema de restituição do Imposto de Renda.

“Na declaração do Imposto de Renda, há um cashback dos gastos que se declaram em saúde e educação. Isso atende uma parte da classe média. Isso atende a elite. Eu quero cashback para atender o povo mais pobre. A proposta dessa reforma tributária prevê mais cashback, especialmente para quem mais precisa”.

Alguns bancos também já aplicam o cashback a correntistas com cartão de crédito. Quem paga a fatura do cartão em débito automático tem a possibilidade de receber de volta um valor na conta-corrente, por exemplo, em algumas instituições.

Ainda segundo o texto da reforma, está previsto a devolução do dinheiro por parte da CBS (nova contribuição federal que substitui o PIS/ Confins) e do IBS (imposto de estados e municípios que substitui o ICMS e ISS).

O governo federal estuda como fazer a devolução de parte dos impostos.

O secretário-extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, já citou que uma das maneiras cogitadas é que o consumidor receba um desconto como forma de devolução no momento do pagamento do produto.

Para funcionar, isso dependeria de uma ferramenta tecnológica capaz de abater “ao vivo” o dinheiro na conta do CPF que realizou a compra.

Outras possibilidades seriam a devolução por meio de conta-corrente, de Pix ou até mesmo pela alternativa de o crédito do cashback ser adicionado em algum benefício social, como o Bolsa Família.

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