Análise

Caminhos partidários podem resultar em maiores divergências o grupo governista

O vereador Paulo Victor, ao sair do PCdoB e se filiar futuramente ao PSDB, faz um caminho inverso do que fez Brandão, em 2022; movimento foi necessário porque legendas "da esquerda" ficarão com Duarte Júnior.

Carla Lima/Ipolítica

SÃO LUÍS - Sem possibilidade de garantir sua possível candidatura a prefeito de São Luís pelo PCdoB, o vereador Paulo Victor (sem partido) deixou o partido e será o novo membro do ninho tucano. A filiação acontecerá ainda este mês. Com este movimento, fica mais claro a cada dia que o grupo governista terá mesmo duas vertentes: a do governador Carlos Brandão (PSB) e a do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB).

No PSDB, partido distante do PT e demais legendas da dita esquerda, era a sigla do então vice-governador Carlos Brandão, que para garantir o apoio dos partidos “de esquerda” precisou ir para o PSB.

Paulo Victor indo para o PSDB, acaba fazendo o caminho inverso do que fez Brandão. Mas porque ele teve que fazer? Porque estes partidos "de esquerda" (leia-se federação e PSB) estão alinhados a Flávio Dino, que quer a candidatura do deputado federal Duarte Júnior (PSB).

O presidente do PCdoB, deputado Márcio Jerry, até tentou evitar esta relação do seu partido caminhando para a possibilidade de apoio a Duarte, no entanto, Jerry seria o último dos político do ainda grupo Brandão/Dino a confrontar o ministro. Mas ele resistiu.

E a possibilidade de Duarte não ser candidato pode ser considerada zero. Em mais uma reunião na direção nacional do PSB, o presidente Carlos Siqueira, registrou pelas redes sociais a pré-candidatura do parlamentar. Reunião que teve a participação do secretário do PSB, Ricardo Capelli, homem de frente de Flávio Dino tanto no partido quanto no Ministério da Justiça.

Duarte Júnior reuniu com Carlos Siqueira e Ricardo Capelli, em Brasília, com pré-candidatura a prefeito de São Luís confirmada pelo presidente nacional do PSB
Duarte Júnior reuniu com Carlos Siqueira e Ricardo Capelli, em Brasília, com pré-candidatura a prefeito de São Luís confirmada pelo presidente nacional do PSB

Resta saber agora que se o caminho inverso que está fazendo Paulo Victor em relação ao que fez Brandão em 2022 não vai rachar o grupo. Lá de Brasília, a resposta para esta possibilidade é: “o racha é inevitável”. Por aqui, parte dos governistas sustentam a tese de que duas candidaturas palacianas são preciso. Basta harmonizar as partes.

As peças estão sendo organizada, mas, no grupo governista, todos sabem das dificuldades na definição das estratégias.

 

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