Paralisação

Nenhum ônibus sai das garagens no segundo dia de greve de rodoviários

A paralisação está mantida nesta quarta-feira (26) na Grande São Luís, já que não houve avanços nas negociações

Imirante.com

Atualizada em 26/04/2023 às 06h49
Terminal de Integração sem movimentação em dia de greve.
Terminal de Integração sem movimentação em dia de greve. (Foto: Paulo Soares/Grupo Mirante)

SÃO LUÍS – Nenhum ônibus circula na Grande São Luís nesta quarta-feira (26) diante do impasse que deu início à greve de rodoviários. Por falta de acordo, toda a frota segue parada nas garagens, mesmo com a decisão da Justiça de que os grevistas devem manter 70% circulando nas ruas.

Quem precisa se dirigir ao trabalho, por exemplo, recorre a outros meios de locomoção pela cidade, como vans, mototáxi ou serviço de transporte por aplicativo.

A reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), que estava prevista para ocorrer no fim da tarde dessa terça (25), não foi realizada, portanto, os ônibus não vão circular na capital maranhense pelo segundo dia consecutivo.

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De acordo com o Sttrema, as negociações para assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho não avançaram, enquanto o Sindicato das Empresas alega que está aguardando os repasses financeiros da Prefeitura de São Luís e do Governo do Maranhão para efetuar o pagamento aos rodoviários.

A Prefeitura de São Luís, por sua vez, disse que vai aguardar o cumprimento da Justiça do Trabalho, que prevê a circulação de 70% da frota de ônibus na Grande Ilha, e ressaltou que está aberta ao diálogo. Em entrevista ao Bom Dia Mirante, da TV Mirante, o secretário municipal de Trânsito e Transporte de São Luís, Diego Rodrigues, afirmou que a prefeitura não fará repasses aos empresários até que haja garantias que os acordos de melhoria do transporte serão cumpridos. Já o Governo do Maranhão, por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), falou que as negociações estão avançadas e aguarda logo uma solução para o problema.

Paralisação

A paralisação no transporte público da Grande Ilha foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários após audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), realizada na tarde de segunda-feira (24), e iniciada na manhã desta terça-feira (25). A categoria reivindica a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, o objetivo do encontro foi tentar fazer com que o SET cumprisse o acordo firmado com os rodoviários e assinasse a Convenção Coletiva de Trabalho, que garante os direitos dos trabalhadores, mas as empresas alegaram que não têm caixa para garantir os salários deste mês. Ainda de acordo com o SET, a situação chegou a esse ponto devido a falta dos subsídios que vinham sendo repassados pelo município de São Luís e Governo do Maranhão, que regulamentam, respectivamente, o transporte urbano e semiurbano na Região Metropolitana de São Luís.

Na mediação no MPT, o município de São Luís e o Governo do Maranhão foram representados pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e pela Agência de Mobilidade Urbana (MOB). Ambos não deram qualquer posicionamento sobre quando irão regularizar os repasses dos referidos subsídios, e, com isso, o SET reafirmou que nestas condições, não assinaria a Convenção Coletiva de Trabalho.

"O SET lamenta essa postura dos entes públicos, mas continuará envidando todos os esforços para a regularização imediata dos serviços, conclamando o Sindicato dos Motoristas para que não paralisem os serviços, evitando transtornos para milhares de pessoas da sociedade e usuários do transporte público", diz a nota divulgada pelo SET após a mediação

Ilegal

A Justiça do Trabalho considerou, no início da madrugada nesta terça-feira (25), ilegal a paralisação de 100% dos serviços do transporte público. O desembargador José Francisco de Carvalho Neto atendeu, em partes, pedido da Prefeitura de São Luís contra os sindicatos dos Rodoviários e das Empresas determinando que 70% da frota continue funcionando com uma multa diária de R$ 50 mil caso haja desobediência.

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