Ranking do saneamento

São Luís é a 15° pior cidade na oferta de saneamento básico, diz estudo

Entre as 20 piores cidades no Ranking do Saneamento, do Instituto Trata Brasil, São Luís está na 15° posição.

Fabiana Serra/Imirante.com

Atualizada em 20/03/2023 às 11h02
No ranking, São Luís ocupa a 86° posição, ficando entre as 20 cidades com os piores serviços de saneamento básico.
No ranking, São Luís ocupa a 86° posição, ficando entre as 20 cidades com os piores serviços de saneamento básico. (Foto: Diego Chaves/O Estado)

SÃO LUÍS - São Luís é a 15° cidade com o pior serviço de saneamento básico no Brasil entre os 20 municípios com as piores colocações do Ranking do Saneamento 2023, do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, divulgado nesta segunda-feira (20).

O levantamento analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país. A partir dos dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2021, a pesquisa fez um ranking com base nos serviços ofertados e em indicadores de eficiência.

No ranking das 100 cidades, a capital maranhense ocupa a 86° posição, estando entre as 20 cidades com os piores serviços de saneamento básico. O município também está entre as 20 piores colocações do ranking na última década, tendo caído de posição desde 2014, quando estava na 79° colocação.

A pesquisa demonstra ainda a discrepância entre os 20 melhores municípios e os 20 piores:

  • Acesso à água potável: 99,7% da população do primeiro grupo têm acesso às redes de água potável, já no segundo, o número é de 79,6% da população.
  • Acesso a coleta de esgoto: nas melhores cidades, 97,96% da população têm acesso aos serviços de coleta de esgoto, enquanto que nas piores, apenas 29,25% da população é assistida.
  • Tratamento de esgoto: os 20 municípios mais bem posicionados têm em média 80,06% de cobertura, enquanto que os 20 piores trata apenas 18,21% do esgoto produzido.
  • Perdas na distribuição: 29,9% da água produzida nas melhores cidades é desperdiçada na distribuição devido à tubulações antigas e "gatos". Em contrapartida, as piores cidades apresentam um indicador de 51,3% de desperdício.

 

No dia 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Água. No Brasil, a falta de acesso à àgua potável é um problema histórico que afeta cerca de 35 milhões de pessoas, ainda de acordo com o Instituto Trata Brasil. Além disso, são quase 100 milhões de brasileiros que não têm acesso à coleta de esgoto, o que reflete na saúde da população.

A presidente executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, afirma que o problema mais urgente a ser resolvido é a falta de tratamento dos esgotos no Brasil. “Nesta edição do Ranking, é observado que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado”.
 

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