Estado Maior

Tesouro pode cobrar quase R$ 1 bi do Maranhão por dívida em parcelas de empréstimo

Governo Federal, somente em janeiro deste ano, já pagou mais de R$ 300 milhões por parcelas atrasadas de financiamentos do governo do Maranhão.

Ipolítica

União tem pago parcelas de empréstimos de vários estados brasileiros de 2020
União tem pago parcelas de empréstimos de vários estados brasileiros de 2020 (Reprodução )

SÃO LUÍS - Esta semana, a Assembleia Legislativa autorizou o governo do Maranhão a buscar a antecipação do crédito dos precatórios do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). São cerca de R$ 1,6 bilhão (próximo de 40% do valor total dos precatórios devidos pela União) que o governo poderá antecipar junto a uma instituição bancária a ser escolhida após licitação.

A verba, sem sombra de dúvidas, será extremamente necessária para o governo do Maranhão, principalmente, se este recurso possa ser usado para além da Educação. 

E a necessidade deste recursos se dá pelas possibilidades de o Governo Federal bloquear o Fundo de Participação dos Estados (FPE) do Maranhão. E por que bloquearia? Devido aos pagamentos que a União tem feito a instituições financeiras com quem o governo maranhenses tem empréstimos.

Somente em janeiro de 2023, a União pagou cerca de R$ 327 milhões em parcelas em atraso do governo do Maranhão. Este atraso, por sinal, é por autorização da Justiça já que a gestão de Carlos Brandão (PSB) entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do pagamento de parcelas de empréstimos de várias bancos até os internacionais devido a obrigação de reduzir a alíquota do ICMS em alguns serviços e produtos (lei que valeu até dezembro de 2022).

O fato é que o Tesouro Nacional está pronto para cobrar a dívidas do Maranhão e outros estados que estão em situação semelhante assim que a liminar do STF tiver seu mérito analisados.

As consequências disto pode ser o bloqueio do FPE para que os mais de R$ 900 milhões já pago em cerca de dois anos pela União pelos empréstimos do Maranhão retornem aos cofres do governo federal.

E a decisão de buscar de volta o recurso se deu porque muitos dos estados - incluindo o Maranhão - para os técnicos do Tesouro Nacional não passam pela crise alardeada e porque também estão com o aumento do ICMS já programado para este mês de março.

Se bloqueado o FPE, o Maranhão sofrerá duro golpe em suas finanças.

Aprovado

Na quinta-feira, 9, a direção nacional do PSB se reuniu para definir sobre federação com o PDT e o Solidariedade.

Foi aprovada e o diálogo vai começar. A coluna ouviu pedetistas e eles não acreditam que a federação das três legendas saia do papel este ano ou no próximo ano.

A argumentação do PDT é de que a federação terá mais sentido para as eleições gerais do 2026 devido a formação da bancada na Câmara dos Deputados. 

Sem possibilidade

Em 2024, os pedetistas acreditam que não tem sentido porque terá eleições municipais e não há tempo hábil para um debate que debelem diferenças do PDT com o PSB em várias cidades brasileiras.

Um exemplo é em São Luís. O PSB já tem o candidato a prefeitura da capital, o deputado federal Duarte Júnior. 

Com isto, se aprovado, o PDT - que não apoio Duarte o segundo turno em 2020 - teria que caminhar junto com os socialistas ou, então, o PSB rifar o deputado federal. 

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