Os últimos dias nos brindaram (perdão pelo trocadilho infame) com exemplos clássicos das liberdades cantadas em verso e prosa pelos liberais de plantão. No litoral norte de São Paulo, a água vendida a noventa reais expressa as oportunidades do mercado, sempre pronto a testar os limites da miséria humana. No sul do país, os escravagistas voltaram a atacar. Aqui, cabe lembrar que foram os grandes proprietários de escravos os principais defensores da ideia, no Brasil do século XIX, de que não caberia ao Estado intervir nas "relações de propriedade" que mantinham com os seus cativos, expressão máxima do direito inalienável à propriedade individual.
Nos tempos atuais, o Estado vem tolhendo essas liberdades, com ações do MPT e, vejam que horror, com políticas de distribuição de renda, fator que dificulta a contratação de trabalhadores - raciocínio despudoradamente praticado por entidades e cidadãos de bem que se apressaram em justificar o ocorrido.
Por essa lógica, não é difícil concluir que comida azeda, castigo físico, alojamento imundo e dívidas impagáveis seriam condições dependentes da disposição dos trabalhadores em as aceitarem. Afinal, são livres para isso, mas aí vem o Estado e...
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