Obesidade

Obesidade não deve estar vinculada a estigmas: "vale acolher e buscar tratamento”, diz endocrinologista

No Dia Mundial da Obesidade, a médica endocrinologista Natalia Rocha fala sobre as formas de tratamento da doença.

Na Mira

Atualizada em 04/03/2023 às 17h08

SÃO LUÍS - A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal em uma quantidade que apresenta prejuízos à saúde e qualidade de vida das pessoas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pessoa pode ser considerada obesa quando o seu Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou superior a 30 quilos por metro quadrado (kg/m²). 

O Atlas Mundial da Obesidade 2022, que foi publicado pela Federação Mundial de Obesidade, estima que em 2030, cerca de 30% dos brasileiros adultos e 15,7% das crianças e adolescentes devem apresentar algum grau da doença. No mundo, o Atlas prevê que 1 bilhão de pessoas estarão obesas naquele ano.

De acordo com a endocrinologista Natalia Rocha, a obesidade pode ser subdividida em três níveis, e os fatores de risco podem ser variados. “Os fatores de risco podem ser tanto genéticos, pois a gente já pesquisa genes que são associados à obesidade, mas o fator de risco maior é o que a gente chama de epigenética ou ambiente, que consiste num estilo de vida desregrado”, afirma a endocrinologista.

A profissional reforça a influência dos alimentos ricos em ultraprocessados, como os lanches de fast food, e hábitos pobres de alimentos naturais como frutas e verduras.

“Vale ressaltar que a obesidade como doença não deve estar vinculada a nenhum tipo de estigma como, por exemplo, afirmar que pessoas obesas são preguiçosas, desleixadas, ou ainda afirmar que a culpa da doença seja do paciente. Vale a gente sempre acolher o paciente que tem obesidade como sociedade e buscar tratamento”, esclarece a endocrinologista Natalia Rocha.

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