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COLUNA
Curtas e Grossas
José Ewerton Neto é poeta, escritor e membro da Academia Maranhense de letras.
Curtas e Grossas

A lista literária das celebridades

Selecionarei algumas das preferências apontadas sobre livros que eu já li.

José Ewerton Neto

Atualizada em 02/05/2023 às 23h39
 
 

As celebridades também leem. E bem, a julgar pela lista divulgada há dois anos sobre o gosto literário de algumas delas.

Estou me referindo às internacionais, cujo gosto é peculiar, abrangente, e, até certo ponto, inusitado. Selecionarei a seguir algumas das preferências apontadas sobre livros que eu já li. 

Tom Hanks escolheu A Sangue Frio, de Truman Capote, densa narrativa que teria inaugurado o gênero romance-reportagem. O livro que como reportagem atinge o ápice, alcança tons mais contundentes e avassaladores como romance.

Lady Gaga apontou como preferido Cartas a um jovem poeta, de Rilke, o que traduz o coração poético que pulsa por trás da talentosa cantora e atriz que é. 

Jessica Biel, a bela, veio de Suave é a noite de Scott Fitzgerald, um romance tão soberbo quanto o título, cuja construção e efeito se ombreia a O grande Gatsby, o título mais famoso do autor, o que não é pouca coisa. 

Jeniffer Lawrence, a cantora e atriz, escolheu Levantem bem alto a cumeeira de J. D. Sallinger que foi o autor mais citado, 3 vezes, sendo duas por causa de O apanhador no campo de centeio, inclusive por Woody Allen, o que dispensa comentários. 

Pierce Brosman preferiu As vinhas da Ira, de John Steinbeck, um volumoso romance que conta a saga de uma família norte-americana nos tempos da Depressão, que li na juventude, mas hoje não sei se encararia pelo tema, um tanto repisado. 

O estranho caso do cachorro morto, de Mark Haddon, apontado pelo cantor Donald Glover, cito com especial afeto por eu tê-lo descoberto, por acaso, em um sebo, tratando-se de um caso que beira o policial, sobre o ponto de vista de um autista, envolvendo dramaticidade, humor e poesia, além de empatia por esses seres especiais. 

De todas as escolhas a que mais me surpreendeu foi a de Donald Trump. Seu livro preferido foi O poder do Pensamento Positivo, de Norman Vincent Peale, um livro a meio caminho entre autoajuda e religioso que li na juventude e que não me constranjo em indicar como um bom livro de formação para qualquer pessoa independente de sua crença religiosa, ou não. Há nele a sedimentação de uma expectativa filosófica, baseada em trechos bíblicos que me foi de muita utilidade para a travessia de minha juventude.

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