JUSTIFICATIVA

Desmatamento recorde é causado por aumento da fiscalização, diz Marina

Apesar de não apresentar provas, ministra afirmou que ações criminosas são "revanche" por aumento na fiscalização.

Ipolítica

Declarações foram dadas durante visita do enviado especial da Presidência para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, ao Brasil.
Declarações foram dadas durante visita do enviado especial da Presidência para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, ao Brasil. (Reprodução)

BRASÍLIA - Confrontada com números que revelam alta no desmatamento nos dois primeiros meses de 2023 em relação à 2022, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (REDE-SP), afirmou que os números são decorrentes do aumento da fiscalização. 

“Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos continuar trabalhando, este é o nosso objetivo”, disse.

Na semana passada, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou dados parciais de fevereiro, que mostravam 209 quilômetros quadrados (km²) desmatados até o dia 17 de fevereiro. Os números representam a maior marca para o mês em toda a série histórica.

A declaração foi dada após uma reunião com o assessor especial para o clima do governo norte-americano, John Kerry. Ele veio ao Brasil para discutir ações ambientais.

A ministra não forneceu detalhes sobre as ações criminosas.

Como forma de tentar minimizar a divulgação dos números, a ministra criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Nós não somos como o governo anterior, os dados são transparentes. As pessoas têm acesso aos dados em tempo real, exatamente para que a gente possa atuar de acordo com a gravidade do problema”, disse.

A realidade contradiz as declarações de Marina. A metodologia usada para catalogar os números pelo Inpe é a mesma metodologia adotada na gestão anterior. O monitoramento das áreas é feito pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que aponta sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), alertando para áreas totalmente desmatadas, assim como também para aquelas em processo de degradação, com extração ou queimadas.

RECORRÊNCIA

No início de fevereiro, Marina Silva havia afirmado que a taxa de desmatamento na Amazônia havia registrado queda de 60% no mês anterior se comparada ao mesmo período de 2022. Informação que é confrontada pelos dados do Inpe. 

Semanas antes, durante o Fórum Econômico Mundial, a ministro já havia afirmado que 120 milhões de brasileiros passam fome.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.