BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu nesta terça-feira (28) uma polêmica declaração a respeito da fome no Brasil. Durante assinatura de decretos da reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), ele afirmou que o governo comprará alimento para distribuir onde precisa e que organizará uma reunião dos pequenos e médios produtores para facilitar a produção de mais alimentos.
E arrematou culpando quem “está comendo demais” pelo fato de que existem pessoas passando fome no país.
“Se nós produzimos alimento demais no planeta Terra e, se neste país, a gente produz alimento demais, e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria comer para que o outro pudesse comer um pouco. Significa que nós estamos desperdiçando alimento entre produção e consumo”, disse, em discurso em evento no Palácio do Planalto.
A cerimônia ocorreu após reunião entre o presidente com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, do Planejamento, Simone Tebet, e da Justiça, Flávio Dino, estavam presentes no evento.
Na cerimônia, foram reempossados os conselheiros e a presidente do Consea, Elisabetta Recine, que compunham o conselho quando ele foi desativado, em janeiro de 2019, sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O decreto de posse foi assinado pelo presidente na segunda-feira, 27.
Diante do cenário de desperdício de alimentos no País, conforme pontuou Lula, o chefe do Executivo citou que as pessoas não têm dinheiro para comprar o que comer. Dentre as promessas que fez no discurso, ele disse que pediu ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para convocar uma reunião dos pequenos e médios produtores para facilitar a produção de mais alimentos e discutir o programa Mais Alimentos.
“A gente vai garantir que, se as pessoas produzirem, não vão perder, porque se produzirem em excesso, o governo vai comprar esse alimento para que a gente distribua onde precisa ser distribuído”, declarou. Lula também disse que irá voltar com a política de preço mínimo para garantir que os agricultores não tenham prejuízo se houver uma “super safra”. “Vamos tentar fazer uma grande discussão, não é só com a agricultura familiar não.”
Lula afirmou que também irá aumentar a produção de alimentos saudáveis, uma vez que outro problema do País, além da fome, é a obesidade. “As pessoas comem muita bobagem, muita comida industrializada e pensam que são saudáveis e não são”, disse.
Saiba Mais
- Casa da Mulher Brasileira vai chegar a todas as capitais do país
- Lula inaugura primeiro complexo associado de energia renovável
- Governo relança Mais Médicos; brasileiros terão prioridade
- Ipec: Lula tem avaliação melhor que a de Bolsonaro no início do mandato
- Governo reduz previsão oficial de crescimento do PIB para 1,61%
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram e TikTok e curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.