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Decisão do TRE de manter anulação de chapa do PL em Miranda do Norte acende sinal de alerta de deputados

Corte, em julgamento de embargo de declaração, manteve decisão que deixa seis vereadores sem mandato; isto causa preocupação a três deputados estaduais do Maranhão.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h58
Corte Eleitoral do Maranhão manteve queda da chapa do PL em Miranda do Norte por não cumprimento de cota de gênero nas eleições de 2020
Corte Eleitoral do Maranhão manteve queda da chapa do PL em Miranda do Norte por não cumprimento de cota de gênero nas eleições de 2020 (Foto: reprodução)

SÃO LUÍS - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão confirmou a queda da chapa  proporcional do PL em Miranda do Norte. Com isto, seis vereadores da cidade perderam o mandato. Este é mais uma decisão da Justiça Eleitoral relacionada a regra da cota de gênero nas eleições no Brasil. Antes desta, a chapa do PP, em Caxias, caiu toda devido ao uso de candidaturas laranjas de mulheres nas eleições de 2020.

Este dois julgamentos acabam deixando a luz vermelha de alerta ligada na Assembleia Legislativa. Tramita na Justiça Eleitoral ações contra o União Brasil, PSC e Pros em relação a chapa proporcional para deputado estadual.

Partidos e candidatos  a Assembleia Legislativa acusam os três partidos de não cumprirem a regra dos 30% de vagas para a cota de gênero. Em resumo, as legendas são acusadas de não ter 30% das vagas na chapa destinadas a mulheres.

Se avançar as ações contra as siglas, a composição na Assembleia Legislativa pode - de fato - ser modificada. A comprovação de que houve irregularidades na formação da chapa de cada um dos partidos anularia os votos recebidos por Neto Evangelista (União Brasil), Fernando Braide e Wellington do Curso (ambos do PSC).

Os advogados dos partidos e dos três deputados têm se debruçado sobre o tema para buscar uma tese que sustente a chapa proporcional. Não está sendo fácil porque há entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com decisões rígidas quanto ao não cumprimento da cota de gênero.

De olho

E não é somente os suplentes de deputado estadual que estão atentos às movimentações da Justiça Eleitoral no Maranhão.

A Câmara Federal também pode ser modificada com o julgamento do TSE. Mas desta vez não relacionada a cota de gênero.

A causa em questão tem relação com o cálculo proporcional para formação das bancadas nos estados. 

Entendimento

O Ministério Público Eleitoral deu parecer sobre a regra para as sobras das sobras e como deve ser aplicada esta regra. 

Dependendo do que entender o tribunal, a bancada do Maranhão pode ser atingida também e mudanças podem ocorrer na lista dos eleitos.

O parecer é de Augusto Aras, procurador Geral da República, tem o argumento de defesa da representação das “minorias” partidárias e, por isso, ele pediu a derrubada de uma regra que limita a distribuição das chamadas “sobras”.

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