SÃO LUÍS - Embora pacificado para a construção de uma unidade em torno da formação da chapa 'Unidos pelo Maranhão', eleita nesta quarta-feira (1º) para comandar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o racha no PCdoB em virtude da disputa pela vaga de 1º vice-presidente - travada até terça-feira (31) entre os deputados Rodrigo Lago e Ana do Gás - gerou reflexos na votação em plenário.
Ao externar seu apoio à composição escolhida, todos os deputados apoiaram a chapa, mas dois deles abstiveram-se de votar justamente para o 1º vice-presidente, Rodrigo Lago.
O deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) foi o primeiro a externar sua discordância. Ele chegou a registar uma candidatura avulsa para o posto, como forma de protesto ao que considerou uma interferência do senador Flávio Dino (PSB) no processo. Mas foi demovido da ideia ainda na manhã de hoje, após reunir-se a portas fechadas, na própria Assmbleia, com o secretário de Estado de Articulação Política, Rubens Pereira, e com o subsecretário da casa Civil, Júnior Viana.
Ao votar, explicou que seu rejeição não era contra Lago, mas contra uma " indicação do ex-governador que insiste em não desencarnar desse estado".
“A candidatura marcou a posição, mas, em nome de um consenso, de uma eleição mais tranquila, voto na chapa ‘União pelo Maranhão’, para fortalecer esse laço dento da Assembleia, me abstendo de votar na 1ª vice-presidência. Não no Rodrigo Lago, mas na indicação do ex-governador que insiste em não desencarnar desse estado", pontuou.
Na sequência, a deputada Mical Damasceno (PSC) posicionou-se da mesma forma. “Nós votamos, sim, na chapa ‘União pelo Maranhão’, mas vou me abster do 1º vice”, comentou.
Rodrigo Lago foi escolhido para o posto em votação interna do PCdoB, mas muitos aliados de Brandão viram o lançamento do nome dele como uma indicação de Dino - Ama do Gás era a preferida da maioria dos deputados e também do governador Carlos Brandão.
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