SÃO LUÍS - Pesa sobre os vereadores que compõe o Plenário da Câmara Municipal de São Luís, pressão popular e constrangimento em relação às graves acusações de assédio sexual contra o parlamentar Domingos Paz (Podemos), investigado pela polícia e alvo de duas representações no Conselho de Ética da Casa com pedido de perda de mandato.
Paz é acusado por pelo menos cinco mulheres e uma adolescente de cometer assédio e abusos em troca de favores políticos ou de recursos financeiros às supostas vítimas.
Em troca, Paz teria prometido à mãe da adolescente o pagamento de uma quantia de dinheiro em espécie. Na ocasião, segundo a mensagem, ele teria pedido para que ela conversasse com a filha para depois “não ter frescura”.
Em outras conversas anteriormente divulgadas Paz teria pedido à mãe da vítima que a convencesse a sair com ele, em troca de R$ 300 e um celular.
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Incômodo
A situação tem incomodado parlamentares, que nos bastidores cobram celeridade da polícia na apuração dos fatos e conclusão do inquérito policial.
Os parlamentares também têm sido cobrados por eleitores para manifestar posicionamento.
Publicamente, Silvana Noely (PTB) foi a primeira a se posicionar. Ela pediu afastamento imediato do colega de Parlamento.
Pressionado, o presidente do Conselho de Ética da Casa, vereador Nato Júnior (PDT), afirmou que assim que o colegiado for provocado pela Mesa Diretora, vai reunir os membros do conselho para apreciar as representações que pedem a cassação de mandato de Paz.
Já Concita Pinto (PCdoB), que atua como Procuradora da Mulher da Câmara de São Luís, admitiu estar sendo cobrada a se posicionar sobre o caso e explicou que tem buscado informações junto aos órgãos que investigam o vereador, para somente depois disso se manifestar oficialmente.
“Assim como o vereador Nato Júnior, eu também estou solicitando informações aos órgãos que estão investigando o caso, para que eu possa emitir um posicionamento justo diante dos acontecimentos”, disse em sessão plenária.
Quem também admitiu em sessão ter sido cobrado a se posicionar sobre o tema, foi o vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós. Ele afirmou que o coletivo se manifestou assim que soube do caso.
“O Coletivo Nós se posicionou assim que soube das notícias. Não nos posicionamos porque estávamos sendo cobrados, mas sim porque entendemos que temos uma obrigação ética e moral, como representantes do povo, de dar respostas à sociedade sobre qualquer situação que envolve os vereadores e a nossa população. A pauta é gravíssima sobre a problemática que traz, são denúncias de estupro e assédio, que envolvem criança e adolescente”, pontuou.
Outro lado
Domingos Paz tem negado as acusações e se colocado como vítima de perseguição política. Ele afirma que as mensagens apresentadas pelas mulheres são montagens e assegurou que tem trabalho junto aos seus advogados para “desmontar a farsa” contra si.
Paz também já afirmou que tem buscado providências contra “criminosos” que apresentaram as denúncias contra ele.
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