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MPF requer que colégios militares reservem vagas para cotas

Ação civil pública deve ser empregada para escolas federais, mas pode abrir precedente para demais instituições.

Agência Brasil

Declaração foi dada durante encerramento das atividades do Judiciário
Declaração foi dada durante encerramento das atividades do Judiciário (Escolas militares federais podem ser obrigadas a seguir Lei de Cotas.)

BRASÍLIA - O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação que pretende obrigar as chamadas escolas militares a estabelecer cotas raciais e sociais a entrada de estudantes. A ação civil pública requer que a Lei 12.711/2012 seja aplicada também para os colégios militares, de educação básica, e não só por instituições de ensinos superior e médio.

A legislação estabelece que pelo menos 50% das vagas nos ensinos superior e médio federais sejam ocupadas por alunos oriundos de escolas públicas. Metade dessa reserva é direcionada aqueles que têm renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Ainda deve ser garantido que pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência estejam representados proporcionalmente, conforme a participação de cada grupo nos estados.

O Exército alega que a lei não abrange escolas militares, já que elas não são diretamente citadas, nem o ensino básico. Já o MPF reage afirmando que essas instituições fazem parte do escopo, pois são mantidas com recursos públicos federais assim como as outras.

“Nada justifica que o governo federal tente promover a igualdade fática no ensino médio, superior e nos concursos públicos federais e exclua essa mesma política pública reparatória da camada que constitui a educação básica do país. Obviamente, a União é um só ente não pode tratar desigualmente as pessoas de acordo com a fase estudantil em que se encontram”, afirma a procuradora da República Ana Leticia Absy, que assina a ação civil pública.

Há 14 colégios militares federais no Brasil, divididos entre os ensinos fundamental e médio, em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Juiz de Fora (MG), Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santa Maria (RS) e São Paulo.

 

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