Análise

Irmão na PGR pode inviabilizar ministério para Flávio Dino

Ex-governador e senador eleito pode acabar liderando governo Lula (PT) no Senado.

Gilberto Léda/ipolítica

Atualizada em 04/11/2022 às 16h38
Nicolao, irmão de Flávio Dino, é subprocurador-geral da República
Nicolao, irmão de Flávio Dino, é subprocurador-geral da República (Roberto Jayme/TSE/Divulgação)

SÃO LUÍS - A notícia de que o subprocurador-geral da República Nicolao Dino passou a ser cotado por dirigentes petistas para a sucessão de Augusto Aras no comando da Procuradoria-Geral da República, em setembro, pode ser um entrave para que o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB) assuma um ministério no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O socialista tem sido lembrado como possível ministro da Justiça - e, ainda, das Cidades ou de Integração Nacional, caso as pastas sejam recriadas.

O próprio Lula já falou sobre o assunto. Na mais recente visita ao Maranhão, em ato político na Praça Maria Aragão, o ex-presidente já havia assegurado a indicação de Dino para a sua equipe de governo, numa eventual eleição. 

“Esse Flávio Dino, ele que se prepare. Ele vai ser eleito senador, mas não será senador por muito tempo. Se prepare, porque vai ter muita tarefa nesse país, vai ter muita tarefa nesse país. Enquanto o genocida [Jair Bolsonaro] te chamava de governador gordão, eu te chamo de governador mais competente que nós temos no Brasil, o nosso companheiro Flávio Dino”, disse.

Mas é pouco provável que os irmão Dino ocupem duas posições tão importantes.

Além disso, há quem defenda a necessidade de o ex-governador maranhense ficar no mandato de senador para der uma voz de liderança na defesa do governo Lula no Congresso.

Ex-deputado federal, ele já tem conhecimento da dinâmica do parlamento e capacidade para “bater de frente” com nomes de peso da base bolsonarista, como o atual vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (Republicanos), e o ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil), ambos eleitos senadores em outubro.

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