SÃO LUÍS - Funcionários das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos quatro municípios da Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) estão em greve parcial há mais de uma semana, por causa de salários atrasados. Os médicos estão atendendo apenas casos graves, e os pacientes estão esperando horas por atendimento.

Em entrevista à TV Mirante, alguns funcionários das UPAs, que pediram para não serem identificados, informaram que apenas os pacientes classificados como médio e alto risco na triagem estão sendo encaminhados para o atendimento médico.

O cirurgião Érico Cantanhede, diretor do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), relatou que a greve parcial nas UPAs está afetando as demais unidades de saúde na Grande São Luís."Socorrão I, Socorrão II e Socorrinhos têm tido aumento no quantitativo de atendimento, por conta desse movimento justo, diga-se de passagem, da classe médica. O médico tem que ter dignidade no seu atendimento", afirmou Érico.

Os profissionais que atendem nas UPAs são contratados e pagos pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), assim como em todas as unidades hospitalares da rede estadual. Além de reivindicar o pagamento dos salários atrasados, os médicos querem aumento no valor dos plantões.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o secretário Tiago Fernandes esteve em reunião com representantes do Conselho Regional de Medicina e do Sindicato dos Médicos do Maranhão, mas as partes ainda não chegaram a um acordo para o encerramento da greve parcial.

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