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COLUNA

Allan Kardec
É professor universitário, engenheiro elétrico com doutorado em Information Engineering pela Universidade de Nagoya e pós-doutorado pelo RIKEN (The Institute of Physics and Chemistry).
Coluna do Kardec

O legado de Monteiro Lobato

Falamos sobre as perspectivas de petróleo e gás no Maranhão.

Allan Kardec

Atualizada em 02/05/2023 às 23h38
 
 

Mulher Maravilha. Não sei você, mas eu ficava encantado quando ela girava e mudava de roupa. Criança não tem limite, claro, e o meu, em Grajaú ou Imperatriz, como diz a música era só fechar o olhos e eu estava no lugar que eu queria! Era o “pirlimpimpim” da Emília, do Sítio do Pica Pau Amarelo. Falava a palavra mágica e me transportava para onde meus sonhos me levavam!

Monteiro Lobato criou tanto Emília quanto incentivou o petróleo no Brasil. Em particular, na nossa Bahia! Mas, como dizem hoje, está “cancelado” – a turma faz leitura do ontem com a bíblia de hoje. O velho Lobato anda apanhando, apesar de não poder responder porque o túmulo lhe impede. Mas revolução é isso mesmo. Quebra de paradigmas e renovação de tudo! Coitados dos mortos. Ou não, como diz Caetano.

Acho que está muito claro para você que vivemos uma revolução, não? Concordamos? Se você não se acha perdido diante das enchentes de informação que lhe chegam e forçam você ou a nadar ou a submergir, eu não tenho o que dizer. Porque é o que ouço quando coloco os pés fora de casa. Ou melhor, quando ligo o celular de manhã. 

Estamos submersos na era da informação! Para piorar, em plena campanha eleitoral! Os dois lados reclamando de Fake News! Ainda bem que tem o TSE. Porque, se bem me lembro, as notícias nas minhas queridas Grajaú e Imperatriz corriam soltas em época de campanha e não tinha tribunal que tirasse a fuxiqueira da cadeira de balanço na porta da casa contando pra todo mundo... Fosse ou não verdade. Fosse ou não mentira.

Essa revolução está prenha de nosso futuro! O menino que nascerá é nosso! O que me impressionava na Mulher Maravilha era a energia! Eu via energia quando ela girava tanto quanto Monteiro Lobato enxergava quando olhava para o solo de sua Bahia e deixava Pedrinho, Narizinho ou o Visconde de Sabugosa descobrir o verde de nossas matas, o calor de nosso folclore, a riqueza de nosso petróleo!

Aliás, os americanos que vieram examinar as terras brasileiras negaram que houvesse petróleo. Ingenuidade. Convidar o concorrente para atestar nossa competência ou nossa viabilidade nos negócios. Em que lugar do planeta algum americano diria que teria petróleo aqui se ele nos queria exatamente vender, fazer negócios? Um século depois, devo dizer que ainda vejo uma penca de ingênuos acreditando piamente na imparcialidade do grande país do Norte.

Segurança energética é o grande conceito hoje, não só por conta do que evidenciou a guerra da Ucrânia. Mas pelo que nos cobra de nossas competências! Claramente precisamos de brasileiros que defendam os interesses de seu país. Como garantir energia para nós agora e para as futuras gerações sem gente que conheça do mercado de energia? Quem vai fazer nossos planejamentos? Quem vai garantir que os nossos filhos sejam os timoneiros do Grande Navio do Brasil?

Descobrimos o Pré Sal. E o Maranhão – como me disse José Sarney – foi abençoado por nascer acolhido pela Bacia do Parnaíba. Dê uma olhada na figura acima e veja o Maranhão ser envolvido por aquela Bacia. Sorte? Não sei. Nunca apostei nessa ideia.

Olhe de novo. Exploração de petróleo no mar se chama “offshore”, afinal os americanos controlam esse mercado há cem anos, e os nomes são todos em inglês! A Margem Equatorial é formada por cinco bacias, segundo a Agência Nacional do Petróleo. Quantas estão no litoral do Maranhão? Nenhuma? Não. Duas! Duas! 

Para você ter uma ideia, veja o que os campos gigantes de petróleo offshore fez com o PIB da Guiana em apenas 3 anos: triplicou! A Margem Equatorial é continuação da formação geológica de lá. O Maranhão tem DUAS bacias: do lado oeste, dividindo com o nosso vizinho Pará, a Bacia do Pará Maranhão. Do lado leste, dividindo com nosso Piauí, a de Barreirinhas. Ambas as bacias serão exploradas nos próximos anos pela Petrobras!

 
 

Ah, sim, já temos a Bacia do Parnaíba já sendo explorada pela Eneva, e o trabalho de distribuição da Gasmar. Ou seja, produzimos gás. Geramos energia para o Brasil. No próximos ano, estamos organizando para termos o tão esperado gás veicular. Mas não vamos parar por aí. A indústria necessita e as duas grandes já receberam: Vale e Suzano, via Eneva. Agora, as outras indústrias também têm de entrar. Shoppings, padarias, hospitais e sua casa. Trabalharemos para que isso aconteça nos próximos anos. 

Somos ou não abençoados? O que Monteiro Lobato sonhou para o Brasil, nasce com exuberância no Maranhão! Temos ainda muita gente que não sabe disso. A Gasmar, empresa que presido, está trabalhando extraordinariamente para avançarmos, sob orientação do Governador Carlos Brandão, que não se cansa de reiterar a necessidade de gerar emprego e renda para os maranhenses. 

Avante! Avancemos!

*Allan Kardec Duailibe Barros Filho, PhD pela Universidade de Nagoya, Japão, professor titular da UFMA, ex-diretor da ANP, membro da AMC, presidente da Gasmar.


 

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