Inspiração

Maranhense que estudou na rede pública é aprovado em cinco universidades dos EUA: “primeiro passo é acreditar”

Pedro Filipe Prado falou ao Imirante qual área deve seguir e como foi todo o processo até receber as respostas das universidades.

Neto Cordeiro/Imirante.com

Atualizada em 14/09/2022 às 08h44
Maranhense Pedro Filipe Prado foi aprovado em cinco universidades norte-americanas.
Maranhense Pedro Filipe Prado foi aprovado em cinco universidades norte-americanas. (Foto: Arquivo Pessoal)

SÃO LUÍS – Depois de uma vida inteira estudando em escola pública na Grande São Luís, o estudante maranhense Pedro Filipe Prado foi aprovado em cinco universidades dos Estados Unidos neste ano de 2022. Ele conquistou bolsas de estudos em Stetson University (Flórida), Temple University (Filadélfia-Pensilvânia), Saint Louis University (Saint Louis- Missouri), Elizabethtown College (Pensilvânia) e Notre Dame College (Ohio). 

O primeiro passo é acreditar em si mesmo.
Pedro Filipe Prado, estudante

O jovem nascido em Paço do Lumiar, na região metropolitana de São Luís, contou ao Imirante.com que sempre estudou em escolas da rede municipal e estadual até ingressar no Instituto Federal do Maranhão (IFMA) em 2017. Após concluir o ensino médio e o curso técnico em Artes Visuais, no campus Centro Histórico, em 2020, ele iniciou o curso técnico atual de Segurança do Trabalho. Pedro já faz até estágio nesta área, em uma empresa da capital.

No meio da rotina de estudos e curso, o maranhense se preparava também para buscar vaga em universidades norte-americanas. Pedro Filipe se candidatou em oito universidades e foi aceito em cinco. Ele comentou o início de tudo.

“Não me identifiquei com o currículo das universidades daqui de onde eu me encontrava. Então, a partir desse momento, eu busquei lugares que oferecem aquilo que eu estava procurando. Primeiro, o curso que não tem aqui e, segundo, foi o modelo de currículo que eu estava procurando”, explicou.

A resposta final de cada universidade chegou por meio de carta física ou virtual. “A partir do mês de março eu comecei a receber os meus resultados, tanto de aceito quanto de negado”, disse. A primeira resposta que Pedro Filipe recebeu foi um “não”. Mas ainda havia outras sete chances de ele realizar o sonho de ser aceito em uma universidade do exterior. E nas semanas seguintes, o maranhense recebeu “sim” cinco vezes.

“Eu fiquei feliz e contente por ver que todo aquele esforço durante o processo tinha valido a pena”. Ele ainda não escolheu a universidade que vai ingressar, mas já está certo de que será uma escola de Business. Agora, Pedro está reunindo toda a documentação exigida.

Para o estudante, um dos fatores determinantes nessa conquista foram a autoconfiança e saber onde se quer chegar. “O primeiro passo é acreditar em si mesmo. O segundo é se preparar, ter atenção e estudar sobre as etapas. Penúltimo, procurar pessoas que tenham objetivos semelhantes e se conectar com elas. Aí sua trajetória não se torna mais fácil, mas você tem uma comunidade de apoio. Por último, ter seus objetivos claros ou ter motivos claros sobre aonde você quer chegar”, destaca.

Entenda o processo de avaliação

O processo de ingresso nas universidades americanas conhecido como Application é considerado como holístico, pois o candidato é avaliado em um nível acadêmico e pessoal. Essa avaliação é realizada por meio de coleta de informações e requerimentos que são avaliados pelos admissions officers de cada uma.

Cada universidade tem seu modelo e padrão. No geral, é exigido o histórico escolar do ensino médio, school profile (documento que contém todas as informações relacionadas à escola), cartas de recomendação, honors, atividades extracurriculares, essays (são as redações americanas), testes padronizados e de proficiência, todos em inglês, o que indica a necessidade do conhecimento de uma língua estrangeira.

“Cada universidade tem um prazo específico, então você submete sua candidatura dentro do prazo estabelecido. Cada universidade tem seu dia de lançar o resultado”, detalhou o estudante.

Mais

Pedro Filipe é co-fundador do ‘Op Nordeste’, um projeto social focado em promover o protagonismo e empoderamento nordestino por meio da educação. Ele tem a missão de divulgar oportunidades, sejam elas nacionais ou internacionais, para estudantes por meio de canais de fácil acesso, como as redes sociais. “O que nos une é o desejo de tentar reduzir a desigualdade e oportunidades aqui no Nordeste, principalmente aos estudantes”, ressaltou o maranhense.

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