Dinheiro

Maranhão recebeu mais de R$ 700 milhões do orçamento secreto

Ao todo, o Governo Federal liberou R$ 7,4 bilhões para os estados, o que corresponde a 91% das emendas previstas no orçamento para 2022.

Ipolítica com informações do UOL

Atualizada em 18/08/2022 às 13h24
Dinheiro foi repassado pela União a estado, municípios e ONGs
Dinheiro foi repassado pela União a estado, municípios e ONGs (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - O Maranhão foi um dos estados que mais recebeu recursos do chamado orçamento secreto. 

É o que mostram dados do sistema Siga Brasil, do Senado Federal, levantados em reportagem veiculada nesta quina-feira.

De acordo com o relatório do Senado, abastecido com informações do programa que registra os gastos do governo, o Siafi, o Governo Federal empenhou R$ 775 milhões do orçamento secreto para o Maranhão. 

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O estado que mais recebeu recursos, proporcionalmente, foi Minas Gerais, com R$ 780 milhões. 

O dinheiro foi liberado na sua quase totalidade - outros estados também receberam -, entre os dias 13 de junho e 1º de julho, às vésperas do prazo limite da legislação eleitoral. 

O valor total R$ 7, 4 bilhões corresponde exatamente a 91% das emendas prometidas desde o começo do ano (R$ 8,1 bilhões). Dentro do prazo de 18 dias, a União pagou efetivamente R$ 6,6 bilhões em emendas — 99% de todos os pagamentos do ano. 

Para efeito de comparação, segundo o levantamento, esses R$ 6,6 bilhões que caíram nas contas bancárias de prefeituras, estados, ONGs ou empresas em apenas três semanas de junho e julho equivale a mais da metade dos R$ 10,4 bilhões em emendas pagas durante todo o ano passado.

Ranking

Maranhão foi o segundo estado que mais recebeu recursos do orçamento secreto. O primeiro estado foi Minas Gerais. E o terceiro estado foi a Bahia, com R$ R$ 724 milhões.

Secreto

Diferentemente das emendas parlamentares individuais e coletivas, as emendas de relator, ou do orçamento secreto, não identificam o congressista que é autor da indicação dos repasses nos portais de transparência. 

Mesmo após ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) — de divulgar os nomes dos responsáveis pelas emendas —, ONGs e prefeituras costumam ser apontadas como indicação para essas modalidades de transferência de dinheiro. Elas quadruplicaram no governo de Jair Bolsonaro (PL).

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