SÃO LUÍS - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio de R$ 33,2 milhões, em recursos não reembolsáveis, para a restauração do Trapiche Santo Ângelo, em São Luís (MA). O local é um antigo complexo industrial que integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da capital maranhense, cuja área está inserida na Lista de Patrimônio Cultural da Humanidade. O apoio do BNDES, correspondente a 75% do valor do projeto — R$ 44,3 milhões —, faz parte do programa Resgatando a História, iniciativa criada pelo Banco, em conjunto com empresas parceiras, para apoiar a recuperação do patrimônio histórico e do acervo memorial brasileiro.
O projeto, que será executado pela Fundação Municipal do Patrimônio Histórico (Fumph), visa à reintegração do complexo à vida urbana e cultural da cidade. Além do restauro e da requalificação da área, será implementado no local o Centro de Criatividade e Inovação (Cechics), um espaço multiuso voltado para ações de coworking e de economia criativa, com ocupação de artistas, coletivos e grupos culturais por meio de editais de estímulo à produção cultural. Também haverá a concessão de uso de espaço ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Ambas as ações estão vinculadas ao fomento de políticas relacionadas à economia criativa e à inovação.
Após a conclusão do projeto, que tem prazo de execução de 36 meses, estima-se que em três das cinco edificações do complexo o público visitante atinja uma média de 30 mil pessoas por ano, entre crianças, jovens, adultos e idosos de diferentes classes sociais. O restauro dos dois outros prédios do complexo permitirá a instalação no local de seis órgãos da administração pública municipal: Secretaria de Planejamento; Secretaria de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais; Secretaria de Administração; Central Permanente de Licitação; Procuradoria Geral do Município; e Controladoria Geral do Município.
O Trapiche Santo Ângelo é um conjunto edificado com quase 20.000m² que concentra parte da memória do passado fabril da cidade e se encontra em processo de arruinamento. O complexo é composto por cinco galpões e duas chaminés, além de áreas livres. Das cinco edificações, uma delas se destaca por ter sido a primeira prensa de algodão, na época do Brasil Colônia, a funcionar de maneira industrial (atual galpão 1); e outra por ter sido um imponente trapiche com características da arquitetura tradicional luso-brasileira associada a um galpão de atividades industriais (atual galpão 3).
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