SAÚDE ANIMAL

Maranhão tem registro de sete casos de raiva em animais herbívoros

Combate à doença tem como estratégia a vacinação dos animas e controle dos morcegos hematófagos.

Imirante.com

Bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos estão propícios a ataques de morcegos transmissores da raiva (Divulgação)
Bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos estão propícios a ataques de morcegos transmissores da raiva (Divulgação)

SÃO LUÍS - Do total de 642 ocorrências de raiva nos herbívoros no Brasil, em 2021, sete foram no Maranhão, segundo dados do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De 1999 até julho de 2022 foram registrados 50.944 casos em todo o país. 

Diante dessa realidade, o Mapa trabalha com estratégias de vacinação dos herbívoros domésticos (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos)  e o controle da população de morcegos hematófagos. Segundo dados do PNCRH, anualmente são registrados centenas de óbitos pela doença em animais de produção, gerando um impacto econômico e social elevado.

Nos herbívoros, a raiva é transmitida principalmente por morcegos hematófagos, também conhecidos como morcegos vampiros, especialmente os da espécie Desmodus rotundus, por meio da mordida. A doença não tem tratamento, sendo invariavelmente fatal uma vez iniciados os sinais clínicos. Ao contrário de animais de pequeno porte, como cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e  dilatação da pupila. 

No ano de 2021, foram registrados no Brasil 661 casos de raiva, destes 642 em ruminantes. De acordo com os registros, 109 casos (17%) ocorreram em São Paulo, seguido por 92 (14,3%) em Minas Gerais e 65 (10,1%) no Paraná. Os demais estados apresentaram menos de 10% de casos.

Gráfico elaborado pelo Mapa mostra ocorrências de raiva nos herbívoros por estado (Divulgação)
Gráfico elaborado pelo Mapa mostra ocorrências de raiva nos herbívoros por estado (Divulgação)

Dentre os maiores riscos para a pecuária nacional incluem-se a perda direta de animais por se tratar de uma doença fatal, redução do ganho de peso dos animais devido às espoliações constantes por parte dos morcegos hematófagos, contato ou exposição dos trabalhadores com animais doentes, o que gera a busca por tratamento, acarretando afastamento do trabalho, assim como fatores psicossociais devido ao tratamento e aos óbitos de humanos.

As atividades de controle da raiva em herbívoros são coordenadas e supervisionadas pelo Mapa e executadas pelos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Animal. A vacinação contra a raiva nos animais é recomendada a partir de três meses de idade e a revacinação anual para o controle. 

Caso um herbívoro apresente sinais neurológicos, o Mapa orienta que o produtor entre com o Órgão de Defesa Sanitária Animal de seu estado para notificar a suspeita e, assim, propiciar as ações de controle e vigilância da doença.

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