Monkeypox

SES investiga novo caso suspeito de varíola dos macacos em São Luís

Este é o segundo caso suspeito da doença em São Luís; o primeiro já foi descartado.

Imirante.com

Atualizada em 10/06/2022 às 18h03
Caso é acompanhado pela SES.
Caso é acompanhado pela SES. (Foto: Divulgação/SES)

SÃO LUÍS – A Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES) informou, nesta sexta-feira (10), que recebeu do Centro de Informações Estratégica de Vigilância em Saúde de São Luís (Cievs) a notificação de um novo caso suspeito de varíola dos macacos (monkeypox), na capital maranhense.

Segundo a SES, o caso suspeito é de homem, de 30 anos, residente em São Luís, que deu entrada no dia 8 de junho em uma unidade da rede pública municipal, sem histórico de viagem. De acordo com a SES, o paciente apresenta sintomas de febre, calafrio, dor de cabeça, ardor nos olhos, dor nas costas e lesões por todo o corpo com coceira. O paciente está internado e estável.

Ao Imirante.com, a Vigilância Epidemiológica Municipal afirmou que já notificou o Ministério da Saúde da suspeita. Foram colhidas amostras do paciente e encaminhadas para análise. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que o paciente foi transferido para o Hospital Universitário (HUUFMA), onde seguirá internado, em isolamento, aguardando o resultado dos exames.

O Centro de Informações Estratégica de Vigilância em Saúde do Maranhão (Cievs-MA) e Cievs São Luís seguem com a investigação epidemiológica. O Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA) iniciou a análise das amostras do paciente. 

Sintomas

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados (íngua), calafrios e exaustão. Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As lesões na pele parecem as da catapora até formarem uma crosta, que depois cai.

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal), pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

Outro caso já descartado em São Luís

No último dia 2 de junho, a Semus descartou a suspeita de uma possível infecção pela varíola dos macacos em São Luís em uma criança de cinco anos. O resultado negativo para a doença veio após avaliação de diagnóstico do Ministério da Saúde, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs).

Primeiro caso no Brasil

Foi confirmado, nessa quarta-feira (8), o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil, em São Paulo. O paciente, tem 41 anos, viajou para a Espanha e está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista.

Transmissão e prevenção

No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis, informa o Butantan. Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

De acordo com o médico infectologista do Hospital Universitário de Brasúlia (HUB), André Bon, a principal forma de prevenção dessa doença – enquanto ainda apresenta “poucos casos no mundo” e está “sem necessidade de alarde” – tem como protagonistas autoridades de saúde. “Elas precisam estar em alerta para a identificação de casos, isolamento desses casos e para o rastreamento dos contatos”, disse.

“Obviamente a utilização de máscaras, como temos feitos por causa da Covid-19 por ser doença de transição respiratória por gotículas e evitar contato com lesões infectadas é o mais importante nesse contexto”, enfatiza Bon ao explicar que a varíola dos macacos é menos transmissível do que a versão comum.

O Butantan ressalta que residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas). Devem também “abster-se de comer ou manusear caça selvagem”.

O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

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