Análise

São Luís é exemplo ruim de mobilidade urbana

Jornal Folha de São Paulo trouxe reportagem nesta semana que mostra a realidade do transporte público da capital maranhense e o complicado trânsito da cidade.

Carla Lima/Ipolítica

Condições dos ônibus de São Luís foram um dos pontos tratados na reportagem da Folha de São Luís
Condições dos ônibus de São Luís foram um dos pontos tratados na reportagem da Folha de São Luís (Reprodução)

SÃO LUÍS - O jornal Folha de São Paulo da terça-feira, 7, trouxe uma reportagem sobre a mobilidade urbana. Como exemplo, o matutino usou a capital do Maranhão, São Luís. Não um exemplo bom, mas sim ruim. A descrição que fez o repórter que acompanhou a manhã dos usuários do transporte público no deslocamento para o trabalho envolve não somente as condições precárias do serviço oferecido como também a péssima infraestrutura de terminais, ruas e avenidas.

As entrevistas com a população falam em ônibus quebrados – daqueles que “chove mais dentro do que na rua” – demora no translado, demora para conseguir o transporte e também da insegurança. A reportagem cita até os assaltos do mês de maio como as facadas que levou um motorista de São Luís.

Os terminais de integração e sua estrutura precária, o Anel Viário com todos os problemas que duram muitos meses e que de lá há somente as promessas de um dia ficar pronto. A Avenida dos Portugueses e o trânsito complicado e comprometido por uma infraestrutura ruim já que se trata de via federal e, logo, o governo do estado e a Prefeitura de São Luís não se sentem responsáveis.

O fato é que a Folha de São Paulo apontam que a capital maranhense é uma das piores em mobilidade urbana. Não há garantia básica de cidadania no serviço de transporte público. Moroso, arriscado e degradante pode ser o resumo.

O que resta para parte da população: se arriscar em carrinhos já que a diferença da passagem (ônibus R$ 3,9 e carrinho R$ 5). E se arriscar porque não há fiscalização da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) sobre as condições dos veículos alternativos.

O cenário é de caos e sem que sejam apresentadas quaisquer soluções de fato para a melhoria. Não as ações paliativas e sim planejamentos com ações de curto, médio e longo prazos que possibilitem uma mudança de fato na mobilidade urbana de São Luís.

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