SÃO LUÍS - A pesquisa Perspectiva Empresarial da Boa Vista, realizada com cerca de 500 empresas de micro, pequeno, médio e grande porte, dos segmentos do comércio, serviço e indústria, revela que 51% dos empresários têm a perspectiva de um aumento no volume de vendas para o Dia dos Namorados em 2022, na comparação com a data no ano passado. Em 2021, apenas 17% dos entrevistados tinham essa mesma perspectiva, na comparação com o mesmo período de 2020.
Segundo Flávio Calife, economista da Boa Vista, mesmo com o cenário econômico ainda delicado para o consumidor, dado que a inflação não cedeu e os juros continuam subindo, alguns fatores podem impulsionar o consumo no curto e médio prazo, e isso deve estar contribuindo para essa perspectiva do empresariado neste Dia dos Namorados. “As vendas no comércio podem ter reflexo da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas, bem como a liberação do saque ao FGTS, que pode beneficiar milhões de trabalhadores”, analisa Calife.
A pesquisa da Boa Vista identificou também que a maior parte das vendas para a data comemorativa deverá acontecer de maneira presencial, em lojas físicas, mesmo que a intenção em realizar compras de forma on-line tenha apresentado um crescimento de três pontos percentuais (de 36% para 39%) na comparação com último ano.
Similar ao registrado no ano anterior, 50% dos empresários declararam que as vendas desta data representam em torno de 1% a 5% do faturamento total do ano. 25% dos entrevistados alegaram que as vendas no Dia dos Namorados representam mais de 5% a 10% do faturamento. 16% mais de 10% a 15% e 9% disseram que representam mais de 15%.
Setores que movimentarão
O setor de vestuário e calçados deverá ser o mais procurado na data pelos consumidores, assim como demonstrou ter sido na data comemorativa anterior. Outros setores como o de alimentos, eletrônicos e telefonia também deverão ter aumento na procura segundo a opinião dos empresários entrevistados.
O ticket médio para a compra do presente deste ano deverá ser em torno de R$ 171, contra os R$ 146 registrados em 2021. E a perspectiva é de que 50% dos consumidores gastem mais que nos anos anteriores. Ano passado 33% tinham essa expectativa. Ainda de acordo com o estudo, 77% dos empresários acreditam que os consumidores não deverão ultrapassar a casa dos R$ 200 por presente.
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