BRASÍLIA - Em meio ao debate sobre a política de preços da Petrobras, e a alta dos combustíveis no país, o superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto, declarou em entrevista à Folha de S. Paulo, divulgada nesta segunda-feira (16), que não há mágica a ser feita pelo órgão sobre a política de preços da Petrobras.
Em sua fala, Barreto contrariou a expectativa de que investigações sobre a Petrobras, já em curso no órgão, poderiam levar a mudanças nos preços dos combustíveis.
"O Cade não tem competência para disciplinar a política de preços da Petrobras e não pode determinar a ela ou a qualquer empresa que pratique preço A ou B", diz. "O Cade não vai interferir na política de preços da Petrobras", afirma.
Barreto diz que o Cade pode até tomar atitudes contra a empresa caso conclua haver práticas anticoncorrenciais, inclusive em logística e atividades correlatas a combustíveis. Mas, em geral, processos como esse demoram de dois a três anos.
"Impossível haver qualquer reação, qualquer resposta a curto prazo que vá impactar os preços dos combustíveis a partir dessas investigações", diz.
Controlador - Nas redes sociais, o ex-governador Flávio Dino (PSB) comentou o assunto no fim de semana. Ele mencionou artigo, da Lei 6.404/76, que dispõe "sobre as Sociedades por Ações”, e pontuou que o presidente da República é o responsável pela tal “paridade internacional”, o que acaba “dolarizando" o combustível brasileiro.
Para o socialista, Bolsonaro, por interesse público, pode alterar a atual política de preços da Petrobras.
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