Perdas consideráveis de aliados pode levar Weverton Rocha a desistir de sua candidatura?

SÃO LUÍS - Esta semana, em entrevista aos veículos do Grupo Mirante, o senador Roberto Rocha (PTB) disse que o combustível da política é a saliva, ou seja, é necessário o diálogo sempre. E este preceito básico parece que foi sempre obedecido pelo senador e pré-candidato ao governo do Estado, Weverton Rocha (PDT).

Em constante diálogo, o pedetista vinha conseguindo formar um grupo político com senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças do interior. Desde 2020, o que Weverton não economizou foi na saliva. Conversou, acordou e mostrava ao público cada apoio que recebia em prol de sua pré-candidatura.

Neste processo, teve o “deserte-se” com o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), durante o processo eleitoral de São Luís. Teve o “ninguém aparta” após as tentativas de manter o grupo do agora ex-governador Flávio Dino (PSB) unido.

Tiveram fotos, “Maranhão mais Feliz”, discurso, declaração de fidelidade nas redes sociais e a cada entrevista. Tudo para dizer que o melhor para o Maranhão tinha nome: Weverton Rocha.

Mas, chegando ao ano eleitoral, parece que o senador pedetista foi perdendo o combustível principal da política. O que tinha que conversar, já havia conversado. Os acordos, fechados. Nada mais havia para garantir do que a expectativa de poder após a aprovação nas urnas.

Com pouco Weverton Rocha combustível neste momento, o Palácio dos Leões – que tem uma fonte quase inesgotável do combustível da política e muita força – partiu para o ataque e começou a garantir novos aliados. Estes tirados do grupo que desde 2020 vinha dizendo que “ninguém aparta”.

Em novembro ainda, dois aliados de Weverton Rocha já haviam deixado (nos bastidores, é claro) o foguete do pedetista. No entanto, esta “deserção” foi oficializada somente em 2022 até para garantir que os acordos feitos a base de muita saliva fossem colocados em prática.

André Fufuca do PP e Pedro Lucas Fernandes do União Brasil oficializaram eu embarque no barco de Carlos Brandão (PSB) um pouco antes do socialista se tornar o novo governador do Maranhão. Em troca, espaços no primeiro escalão do governo.

Estes dois já estavam “no papo”. O Leões queria agora nomes mais simbólicos do grupo do senador do PDT. Othelino Neto, presidente da Assembleia, e a senadora Eliziane Gama (Cidadania) eram os alvos a serem alcançados.

Salivas não foram poupadas e, no fim, Othelino aceita deixar o foguete de Weverton – apesardos acordos políticos já existentes e da relação de sócios e de amizade entre os dois. O que foi garantindo? A vaga de primeira suplente de Flávio Dino que vai concorrer ao Senado, fatura, por sinal, já paga pelo ex-governador. Fala-se ainda de vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), que está condicionada a vitória de Brandão nas urnas.

Agora, os cenários apontam para mais uma desistência da viagem espacial de Weverton Rocha. Tudo indica que a senadora Eliziane Gama deixa o espaço e volta para o mar maranhense para apoiar Carlos Brandão.

Assim, com pouco combustível para gastar e poucas garantias a conseguir para manter os aliados, Weverton Rocha deixa a dúvida se vai fazer diferente de Othelino, Pedro Lucas, André Fufuca e Eliziane. Será que resiste à força do Palácio dos Leões?

Agora é aguardar os próximos movimentos do pedetista diante do mar de saliva e força que Carlos Brandão apresenta para garantir a vitória nas urnas em outubro deste ano.

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