Estado de greve

Greve de rodoviários se arrasta há um mês sem acordo; frota de ônibus segue reduzida na Grande São Luís

Enquanto o impasse se prolonga, os usuários de ônibus sofrem com a piora do serviço, já que está circulando apenas 60% da frota.

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h04
Tarifa de ônibus foi reajustada no fim de fevereiro de 2022.
Tarifa de ônibus foi reajustada no fim de fevereiro de 2022. (Divulgação / Prefeitura de São Luís)

SÃO LUÍS – Após um mês de greve, nenhum acordo foi firmado entre rodoviários e empresários do sistema de transporte público que opera na Grande São Luís. Continua em vigor uma determinação da Justiça que reduziu para 60% a frota de ônibus que circula na Ilha.

Enquanto o impasse se prolonga, os usuários de ônibus sofrem com a piora do serviço, já que há menos veículos nas ruas, somados aos velhos problemas de sucateamento e superlotação. Sofrimento que ainda foi atenuado com o aumento da passagem no domingo de Carnaval.

O reajuste foi de R$ 0,20. A tarifa das linhas não integradas (aquelas que não entram nos terminais) subiu para R$ 3,40, e as integradas, agora, têm valor de R$ 3,90.

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A desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão), autorizou, no dia 23 de fevereiro, a redução da frota de ônibus durante o movimento grevista na Grande São Luís. O percentual que estava circulando na capital maranhense antes da decisão era de 80%, e passou para 60%, com multa diária de R$ 50 mil em casos de descumprimento da decisão.

Audiência de conciliação agendada

Esta prevista para as 14h desta sexta-feira (18), no Gabinete da Presidência do TRT, a audiência de conciliação do dissídio coletivo dos rodoviários que seria realizada nessa quarta-feira (16). Por motivo de força maior, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão), desembargador Francisco José de Carvalho Neto, transferiu a data.

Esta vai ser a segunda audiência de conciliação, pois na primeira, realizada na última sexta-feira (11), não houve acordo. As partes envolvidas no dissídio foram notificadas sobre a nova data da audiência. Também houve reuniões sem acordo realizadas pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA).

Na audiência do dia 11, o presidente Carvalho Neto ressaltou a importância do papel do município de São Luís, suscitando que o ente municipal afirme, "de forma clara e direta, qual pode ser a sua participação, em termos financeiros, na solução da controvérsia”.

Além de dois representantes de cada sindicato, vão participar da audiência advogados credenciados nos autos, procurador do Ministério Público do Trabalho e assessoria da Presidência do Tribunal.

Entre as reivindicações apresentadas pelos rodoviários estão a implementação imediata do índice de 15% de reajuste salarial, tíquete-alimentação no valor de R$ 800 e manutenção do plano de saúde pelas empresas componentes da categoria patronal do dissídio. Também requerem o pagamento das diferenças resultantes desse percentual nos salários e no tíquete-alimentação dos membros da categoria profissional, retroativamente a janeiro de 2020 (data-base).

Greve

A greve começou no dia 16 de fevereiro com o sistema inoperante. Depois de alguns dias de paralisação total e transtornos à população, os ônibus voltaram a circular em 19 de fevereiro.

Antes do início da greve, no dia 14 de fevereiro, o prefeito Eduardo Braide já havia anunciado a prorrogação, por mais dois meses, do auxílio emergencial ao setor do transporte público da capital. O auxílio, a ser repassado nos meses de fevereiro e março, será de R$ 2,5 milhões (auxílio direto) e mais R$ 1,5 milhão, por meio do programa “Cartão Cidadão”.

A prorrogação foi efetivada no início do mês de fevereiro, segundo a Prefeitura de São Luís. O auxílio emergencial ao setor do transporte público foi anunciado no fim de 2021.

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