Guerra

Roseana vê risco à Rússia com sanções por ataque à Ucrânia

Ex-governadora manifestou-se nas redes sociais.

Gilberto Léda

Atualizada em 26/03/2022 às 18h12
Segundo Roseana, sanções econômicas podem inviabilizar a Rússia
Segundo Roseana, sanções econômicas podem inviabilizar a Rússia (Paulo Soares / O ESTADO)

SÃO LUÍS - A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) manifestou-se nesta terça-feira (1º), a respeito da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Segundo ela, os russos podem ver sua nação inviabilizada em virtude de bloqueios econômicos.

"Além dos recursos tradicionais utilizados em guerras, que causam enormes perdas humanas e destruição, o mundo globalizado e interdependente dispõe de mecanismos poderosos que põem em cheque a viabilidade de nações que sofrem bloqueios e sanções financeiras e econômicas", disse.

Leia mais: Otan não enviará tropas à Ucrânia

Congelamento - O conflito militar e político ganhou dimensões financeiras, depois de o congelamento de parte das reservas internacionais da Rússia criar os maiores obstáculos para o governo, os bancos e as empresas russas movimentarem recursos desde o fim da União Soviética, em 1991.

Anunciada no sábado (26), a medida congela os depósitos russos nos seguintes países e territórios: Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá. Segundo o jornal Financial Times, cerca de US$ 300 bilhões dos US$ 630 bilhões de reservas internacionais mantidas pela Rússia foram bloqueadas da noite para o dia. Nos anos recentes, medidas semelhantes foram aplicadas contra o Irã e a Venezuela, mas não na escala atual, com praticamente todas as economias avançadas proibindo a transação de ativos russos.

Além do congelamento das reservas, os países ocidentais estão excluindo bancos russos do sistema de pagamentos Swift, sistema de pagamentos entre instituições financeiras de mais de 200 países, coordenados pelos bancos centrais das dez maiores economias do mundo. Essa medida complica ainda mais o funcionamento do sistema financeiro russo, ao atrasar o pagamento de transações comerciais e financeiras.

No início da semana, a guerra financeira resvalou para a economia real. O rublo desvalorizou-se 20% na segunda-feira (28) e 10% hoje (1º) e atualmente vale menos que um centavo de dólar. O Banco Central russo aumentou os juros básicos de 9,5% para 20% ao ano e ordenou que os exportadores convertam em moeda doméstica 80% das moedas estrangeiras que receberam pelas vendas de mercadorias ao exterior. A bolsa de Moscou ainda não abriu nesta semana.

Paralelamente, o governo russo decidiu aumentar as compras de ouro das reservas internacionais, para reduzir a dependência de divisas ocidentais. Nos últimos anos, o país diversificou as reservas externas, desfazendo-se de títulos norte-americanos, reduzindo a compra de dólares e de euros e investindo em metais preciosos e no yuan, a moeda da China. Atualmente, cerca de 25% das reservas internacionais russas estão em ouro armazenado dentro do país e 15% estão aplicados em moeda chinesa.

Com informações da Agência Brasil

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.