Sentença

Policial militar é condenado a 84 anos de prisão por triplo homicídio no Coquilho, e vigilante é absolvido

O julgamento sobre o assassinato de três jovens na zona rural em 2019 terminou por volta de 1h45 desta quarta-feira.

Imirante.com, com informações da Assessoria

Atualizada em 26/03/2022 às 18h16
Pela sentença, Hamilton Linhares também perde a função de policial militar. Foto: Matheus Soares/Grupo Mirante.
Pela sentença, Hamilton Linhares também perde a função de policial militar. Foto: Matheus Soares/Grupo Mirante.

SÃO LUÍS - O policial militar Hamilton Caíres Linhares foi condenado a 84 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado de três jovens. O crime ocorreu no dia 3 de janeiro de 2019, no Coquilho, zona rural de São Luís. Já o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior foi absolvido na sessão de julgamento.

O júri teve início às 8h30 dessa terça-feira (22) e terminou na madrugada desta quarta-feira (23), por volta de 1h45min, no Fórum Des. Sarney Costa.

Leia mais:

Começa o julgamento do PM e do vigilante acusados de triplo homicídio no Coquilho

Julgamento de PM e vigilante, acusados de triplo homicídio no Coquilho, é adiado para fevereiro

Três adolescentes são encontrados mortos na zona rural de São Luís

Na sentença condenatória de Hamilton Linhares, os jurados reconheceram as qualificadoras do uso de meio cruel, motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas, em concurso material de pessoas. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ainda foi declarada na sentença a perda do cargo/função de policial militar.

O policial militar Hamilton Caíres Linhares foi condenado pelas mortes das vítimas. / Foto: Divulgação.
O policial militar Hamilton Caíres Linhares foi condenado pelas mortes das vítimas. / Foto: Divulgação.

A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Gilberto de Moura Lima titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, atuou na acusação o promotor de Justiça Rodolfo Reis.

Adiado

Hamilton Caíres e Evilásio Lemos já deveriam ter sido julgados no dia 14 de dezembro do ano passado, mas o julgamento acabou sendo adiado para o dia 22 de fevereiro deste ano. O juiz Gilberto de Moura acatou o pedido da defesa do PM Hamilton.

O advogado Alan Paiva argumentou que a mãe dele estaria internada e, por isso, ele não teria condições de atuar no júri nessa data. Com o pedido de adiamento do julgamento do policial, o promotor de Justiça Rodolfo Reis considerou que seria mais positivo não desmembrar o processo e pediu que fosse adiado também o julgamento do vigilante, o que foi acatado pelo magistrado.

Triplo homicídio

Três jovens que foram vítimas da chacina em Coquilho, na zona rural de São Luís. / Foto: Reprodução.
Três jovens que foram vítimas da chacina em Coquilho, na zona rural de São Luís. / Foto: Reprodução.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os adolescentes Gildean Castro Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz foram assassinados com tiro na cabeça, no dia 3 de janeiro de 2019, no Coquilho.

As vítimas saíram de casa, em duas bicicletas, para a localidade conhecida como "Romão", área de banho e pesca. A estrada de acesso estava localizada dentro da construção do Residencial Mato Grosso, no Coquilho.

Por volta das 14h, as vítimas foram avistadas por um dos seguranças, que avisou aos seus companheiros de serviço a possível entrada de invasores. Os corpos e duas bicicletas somente foram encontrados no dia seguinte, quando os parentes sentiram falta dos jovens e saíram em busca deles. A Polícia Civil investigou o caso.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.