Dengue

Maranhão estima ano de 2022 com alta de casos de dengue

As regiões dos municípios de São João dos Patos, Buritis, Caxias, Parnarama, Sucupira do Norte, São Domingos do Azeitão, Pastos Bons e Paraibanos são as que apresentam maior índice de alta no fim de 2021

Agência Brasil 61

Atualizada em 26/03/2022 às 18h32
Sucata de veículos em ruas públicas podem servir como criadouro para mosquitos
Sucata de veículos em ruas públicas podem servir como criadouro para mosquitos (Foto: De Jesus/O Estado)

SÃO LUÍS - A situação de infestação de dengue rapidamente pode mudar. Esse foi o caso do estado do Maranhão que em 2021, registrou 49,32% a menos de dengue quando comparado ao ano anterior. No total, foram 1298 casos confirmados da doença no ano passado. Mas, no final de 2021, quando 94% dos 217 municípios realizaram o levantamento de índice de infestação (LIRAa), o resultado foi de alta para 33 municípios.

As regiões dos municípios de São João dos Patos, Buritis, Caxias, Parnarama, Sucupira do Norte, São Domingos do Azeitão, Pastos Bons e Paraibanos são as que apresentam maior índice de alta e estão na zona vermelha de alerta, com índice de infestação predial superior a 4%. A coordenadora informa que esses municípios receberam reforços para o combate emergencial com inseticidas, chamados de UVB costal e UVB montada (popularmente conhecido como fumacê). “Mas só a UVB não resolve, pois ela mata pontualmente os mosquitos atingidos. Não tem ação residual. A população precisa intensificar suas ações de controle para ter um combate sustentável”, explica Graça Lírio.

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

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O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

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Cuidados necessários

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
Feche bem os sacos e lixo.
Guarde os pneus em locais cobertos.
Tampe bem a caixa-d´água.
Limpe as calhas.

É com o foco nesse tipo de ação, chamada de prevenção mecânica, que o Ministério da Saúde desenvolveu a atual campanha de combate à dengue. É um chamado para que cada cidadão coloque em sua rotina semanal uma ronda direcionada para a eliminação de locais que possam ser foco do mosquito.

“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes. Portanto cada um buscar a responsabilidade a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça”, detalhou o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.

As inspeções das equipes de vigilância epidemiológicas mostram que pequenos recipientes móveis como pratinhos de planta, potes e garrafas são os principais criadouros do mosquito. O lixo também deve ser bem fechado para evitar o acúmulo de água.

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