Análise

Novo presidente do PT terá dificuldades de articulação política

Francimar Melo assumirá nesta segunda-feira, 3, o comando do PT do Maranhão e não terá maioria na Executiva Estadual da legenda.

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 18h43
Dos 18 membros da Executiva Estadual do PT, somente oito apoiam o novo presidente estadual da legenda
Dos 18 membros da Executiva Estadual do PT, somente oito apoiam o novo presidente estadual da legenda (Divulgação)

SÃO LUIS - O Partido dos Trabalhadores (PT) do Maranhão vai ter novo presidente. Sai Augusto Lobato, assessor especial no Palácio dos Leões, para entrar o outro assessor especial do governo Flávio Dino (PSB), Francimar Melo. Em tese, para fins de apoio político do PT ao governo estadual, nada muda de fato. Tanto o presidente que sai quando o que entra, são governistas por ocupar cargos de segundo escalão.

Para fins de eleição, pode-se considerar uma certa mudança, que somente será sentida no momento que a direção nacional do PT definir as posições do partido nos estados. Por enquanto, a entrada de Francimar mantém a legenda como estava com Lobato: um apoio a pré-candidatura ao governo do secretário Felipe Camarão apesar dele se voltar mais agora a corrida pela Câmara dos Deputados.

PT tem novo presidente no Maranhão a partir de amanhã

E se precisar, Melo assim como Lobato vai com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB). Muda somente se a direção nacional for para outros rumos que podem ser opostos ao que o governador Flávio Dino tenta costurar com os petistas.

A diferença mesmo é dentro do PT. Francimar Melo vai ter minoria na Executiva Estadual e, com isso, sabe que terá dificuldades de articular e até manter os espaços políticos para sua ala. E as dificuldades podem começar logo em sua posse com a promessa de que a maioria dos dirigentes não irá.

São 18 membros na executiva e Francimar sabe que conta somente com oito. Outros 10 – contando com os de Augusto Lobato – devem fazer oposição ao novo presidente petista no Maranhão.

Vale lembrar que esta mudança de comando do PT maranhense faz parte de acordo fechado com a direção nacional para colocar fim ao impasse do complicado Processo de Eleição Direta (PED). Impasses causados por recursos e mais recursos contra o resultado da eleição interna do PT no Maranhão que teve até acusação de petistas falecidos que estavam na lista de votação do partido.

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