SÃO LUÍS - A pesquisa da CNT de Rodovias 2021, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo Sest/Senat, revela que de modo geral, 79,3% da malha rodoviária pavimentada no Maranhão apresentam algum tipo de problema, sendo consideradas regulares, ruins ou péssimas; e 20,7% da malha são consideradas ótimas ou boas. Este ano, foram analisados 4.627 quilômetros de estradas no estado, que representa 4,2% do total pesquisado no Brasil, aviando-se as situações de pavimento, sinalização e geometria da via (traçado).
Em todo o Brasil, foram avaliados 109.103 quilômetros de rodovias pavimentadas federais e estaduais. Esse levantamento constatou que o Estado Geral de 61,8% da malha rodoviária brasileira encontra-se classificada como regular, ruim ou péssimo. Desse percentual, 91% são de rodovias públicas.
“Os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2021 mostram um cenário de preocupante queda da qualidade das rodovias brasileiras, questão que precisa ser enfrentada com grande rapidez e assertividade. A forte retomada de investimentos é urgente e necessária para prover ao país uma malha rodoviária mais moderna e eficiente, condição indispensável para a promoção do desenvolvimento. E, nesse sentido, a análise técnica da CNT nesta Pesquisa é um importante instrumento para fomentar as melhores soluções”, ressalta o presidente da CNT, Vander Costa.
Voltando às condições da malha rodoviária maranhense, na questão pavimento, 59,8% apresentam problemas; 40,2% estão em condição satisfatória; e 4,0% estão com o pavimento totalmente destruído, de acordo com a pesquisa CNT de Rodovias.
No componente sinalização, 80,6% da extensão da malha rodoviária da região são consideradas regulares, ruins ou péssimas; 19,4%, ótimas ou boas; 21,7% da extensão está sem faixa central e 26,1% não têm faixas laterais.
Já no caso da geometria da via, 65,6% da extensão da malha rodoviária do estado apresentam algum tipo de problema e 34,4% estão ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 98,5%. Falta acostamento em 43,2% dos trechos avaliados e 77,8% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
A pesquisa da CNT também identificou 246 pontos críticos no estado, sendo 222 trechos com buracos maior que um pneu. Nessas condições de pavimento, as rodovias maranhenses geram um aumento de custo operacional do transporte de 38,6%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
Devido a essa situação, o meio ambiente também é impactado. Estima-se que este ano haverá um consumo desnecessário de 46,5 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 204,63 milhões aos transportadores.
Para recuperar as rodovias no Maranhão, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, os investimentos necessários totalizam R$ 3,7 bilhões.
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