SÃO LUÍS - Com abismal divergência a respeito de tudo aquilo que alguns dos principais aliados do governador Flávio Dino (PSB) têm admitido e apresentado como perspectiva para os próximos meses, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB), líder da bancada maranhense no Congresso Nacional, afirmou acreditar em unidade no grupo político do qual faz parte para a eleição de 2022.
Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira ao programa Ponto Final, da rádio Mirante AM, Pedro Lucas lamentou o fato de o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) terem antecipado a disputa eleitoral, mas ponderou que ainda há tempo para se chegar a um consenso em relação ao candidato que será apoiado pelo Palácio dos Leões.
Para Pedro Lucas, não há racha no grupo, mas, dois lados que buscam se consolidar de forma antecipada para o pleito de 2022.
Na perspectiva do parlamentar, entre os meses de novembro e dezembro, haverá junção de Weverton e Brandão, e de seus respectivos apoiadores, e a consolidação da unidade defendida e buscada pelo governador Flávio Dino.
A análise de Pedro Lucas sobre o atual cenário, contudo, é isolada e destoa do posicionamento de alguns dos principais aliados de Dino.
O próprio governador, aliás, já admitiu a dificuldade de composição no grupo, e se movimentou para propor a assinatura de uma carta de compromissos dentre aqueles que têm interesse no pleito eleitoral de 2022.
Enquanto Pedro Lucas afirma categoricamente não enxergar racha no grupo político, há quem avalie a ruptura como inevitável.
Weverton Rocha e Carlos Brandão não têm demonstrado qualquer interesse na possibilidade de abrir mão de uma candidatura própria para evitar uma ruptura traumática do grupo.
Rocha já tem um grupo político consolidado desde o pleito de 2018, com prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e partidos políticos já confirmados do seu lado. Ele também já lançou oficialmente a sua pré-candidatura.
Brandão, por sua vez, conta com a simpatia de Flávio Dino e também com a composição de apoio de prefeitos, vices e vereadores em vários municípios.
Ambos trabalham de forma mais enérgica para obter apoio oficial do Palácio dos Leões e pressionam Flávio Dino, que vai perdendo o controle sobre o processo de sua própria sucessão.
Uma crise já instalada, apesar de não admitida por Pedro Lucas...
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