Migrantes e refugiados que pedem dinheiro nas ruas são cadastrados no CadÚnico em São Luís

SÃO LUÍS – Oito famílias, identificadas como migrantes e refugiados com moradia em São Luís, tiveram a situação cadastral no Cadastro Único (CadÚnico), atualizada na última semana. Ao todo, foram 36 pessoas cadastradas, em ação de iniciativa da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), no auditório da secretaria no Bairro de Fátima, em São Luís.

“A atualização e inclusão no CadÚnico é de suma importância para que essa população receba os benefícios aos quais tem direito, como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia, e auxílios eventuais, como cestas básicas. A partir desse momento, eles passarão a ser acompanhados pelo Cras da região em que estão residindo”, afirmou a gestora da Semcas, Rosângela Bertoldo.

Jonata Zapata, 19 anos, foi um dos indígenas da etnia Warao presentes na ação. Ele fez o papel de intérprete junto a comunidade, visto ser um dos poucos a compreender a língua portuguesa, e afirmou que eles estão no Brasil há três anos e chegaram via a cidade de Pacaraima, localizada no Estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela.

Depois de percorrer várias cidades, o migrante está em São Luís há três meses com a esposa. “Nós já passamos por três cidades além de Pacaraima. De lá fomos para Manaus, Santarém, Belém e agora São Luís”, contou Jonata.

O mapeamento das famílias foi feito entre os meses de maio a abril deste ano, quando uma pesquisa foi encomendada pela Prefeitura de São Luís e conduzida pela Organização Internacional Para Migração (OIM), junto com a Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania.

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