São Luís - Uma reunião a ser realizada ainda nesta segunda-feira, 26, pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode definir o futuro da importação de mais de 60 milhões de doses de vacinas Sputnik V, o imunizante russo contra a Covid-19 que já é aplicado em pelo menos 50 países. Mas, no Brasil, ainda não.
O órgão é a última fronteira entre o Brasil e a Rússia, por assim dizer.
Estados do Norte e do Nordeste têm, desde janeiro, empenhado-se para contratar as doses - e já declararam inúmeras vezes que não vêem qualquer problemas em que elas sejam incorporadas ao Plano Nacional de Imunização, para distribuição igualitária em todo o país.
A boa vontade dos entes subnacionais, contudo, não parece ser a mesma da Anvisa.
A agência, que já autorizou os imunizantes da chinesa Sinovac e da inglesa AstraZeneca, aparentemente não deu a mesma atenção aos pedidos para regularização da russa.
Ou deu atenção até demais. E isso tem atrasado a aprovação.
Os governadores reclamam, com razão. Como pode uma vacina que já tem aprovação de agências reguladoras na Europa, na Ásia e na América do Sul - não há que se falar aqui nos EUA, que a política não permite - não poder ser aprovada no Brasil?
É, além de tudo, ilegal, já que h[a legislação aprovada autorizando esse tipo de aprovação emergencial justamente quando um imunizante já tiver aval de outras agências sanitárias.
De qualquer forma, essa novela tem tudo para encerrar-se hoje. O STF já decidiu não suspender o prazo de análise sobre pedidos de importação da Sputnik V. E a reunião de logo mais deve terminar com uma batida de martelo sobre o assunto.
Que seja tomada a melhor decisão para o país.
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