Sindicato dos Professores

Sindeducação denuncia abandono de creche na Chácara Brasil

Segundo o Sindicato, a construção da creche foi concluída ano passado, mas até o momento não foi inaugurada pela Semed.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14

SÃO LUÍS – Nesta segunda-feira (4), o Sindicato dos Profissionais do Magistério Municipal de São Luís (Sindeducação) denunciou o abandono da Creche Escolar localizada na Chácara Brasil, na região do Turu. Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato relata que, ao longo do mês de janeiro, foram realizados três protestos por pais de alunos das comunidades Chácara Brasil, Vila Luizão, Divineia e adjacências, cobrando o funcionamento da creche.

Segundo o Sindicato, a construção da creche foi concluída ano passado, mas até o momento não foi inaugurada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

“O prédio, novo, prossegue com indícios de abandono, telhado com infiltração prejudicando o forro, falta de água, falta de rede elétrica, dentre outros problemas. A gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior já investiu R$ 1,7 milhão de reais na construção desse prédio”, afirmou o Sindeducação.

Ainda de acordo com o sindicato, se estivesse em funcionamento, a creche beneficiaria cerca de 200 crianças em tempo integral. O prédio conta com 10 salas de aula; distribuídas com sala de multiuso; fraldário; cozinha; pátio coberto; sala para amamentação; área livre com parquinho e jardim; secretaria; sala de professores e direção; além de seis banheiros.

Creche da Chácara Brasil está pronta. / Foto: Divulgação
Creche da Chácara Brasil está pronta. / Foto: Divulgação

“É dinheiro público. São nossos impostos indo pelo ralo, verdadeiro abandono com a coisa pública” lamenta a presidente do sindicato, professora Elisabeth Castelo Branco.

Creche da Chácara Brasil está se deteriorando. / Foto: Divulgação.
Creche da Chácara Brasil está se deteriorando. / Foto: Divulgação.

Para a Karilene Marcolini, mãe de uma criança de 1 ano e 6 meses, a situação está cada vez mais complicada para quem precisa da creche. “Eu tive que deixar a minha filha no interior com a minha mãe para poder trabalhar aqui na capital”, disse.

Geiza Salazar, mãe de um menino de 2 anos, conta que não tem condições de pagar uma creche particular, e que também está sem trabalhar por não ter com quem deixar seu filho. “Nós pagamos essa creche para o governo através dos nossos impostos e eu vou lutar até o fim pelos nossos direitos e pelo direito constitucional do meu filho estar na escola”.

Pais já fizeram três protestos. / Foto: Divulgação.
Pais já fizeram três protestos. / Foto: Divulgação.

Promessa

Durante o último protesto, realizado no dia 28 de janeiro, o secretário de Educação foi até o local. Segundo ele, a creche será entregue e iniciará seu funcionamento no mês de Maio. “Não podemos colocar para funcionar sem o mobiliário e sem a formação de professores. Mas, não se preocupem que no mês de maio a creche da Chácara Brasil será entregue a comunidade”, afirmou o Secretário de Educação.

Investimento

Foram destinados recursos por meio do Programa Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na ordem de R$ 35 milhões para a construção de 25 creches, 13 Escolas de Ensino Fundamental e ainda a construção e cobertura de quadras poliesportivas em escolas.

Outra creche que não foi entregue é a do bairro Cidade Operária. Com capacidade para atender até 376 crianças, teve construção iniciada em 2015. “O que parece é que o prédio ainda nem foi concluído, já que faltam ainda alguns serviços como calçamento, jardinagem e acabamento. A obra foi orçada em R$ 1,69 milhão”, aponta Elisabeth Castelo Branco.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que “todas as obras de infraestrutura da creche citada na reportagem foram concluídas e que já está em processo de licitação a aquisição do mobiliário necessário para o funcionamento da unidade municipal. A Semed esclarece que, tão logo esse processo seja concluído, serão abertas as matrículas e a população será informada por meio dos canais oficiais da Prefeitura de São Luís e, também, pelos veículos de imprensa da cidade”.

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