Parques e circo

Período junino conta com diversão extra em SL

Durante o período junino, ao menos três parques e um circo estão funcionando pela ilha.

Arlan Azevedo/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
 Os parques são repletos de cores e atrações para o público. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com
Os parques são repletos de cores e atrações para o público. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com

SÃO LUÍS - Para muitas crianças, e até mesmo para adultos, os parques de diversão e os circos já representaram grandes momentos. Em São Luís, alguns parques passam uma temporada na cidade, e outros são próprios daqui, passando temporadas em bairros diferentes. Durante o período junino, ao menos três parques e um circo estão funcionando pela ilha.

Os três parques estão localizados no Centro, na Cidade Operária e no Angelim. O circo está, também, na Cidade Operária. Os responsáveis por estes estabelecimentos responderam algumas perguntas do imirante. Confira abaixo um pouco mais sobre quem trabalha com estes locais, que levam muita diversão por onde passam.

Latino Americano

O circo, Latino Americano, é de Teresina, e já está em São Luís há oito meses. Ele fica instalado na mesma rua do Viva, da Cidade Operária. Roseane Feitosa, uma dos três proprietários do local, contou que é uma vida de muita alegria, mas que também perpassa por muitas dificuldades. “Um dos principais desafios é encontrar locais para instalar o circo, em qualquer cidade onde vamos. Não há um espaço voltado para a cultura, por exemplo, onde os circos possam se instalar para fazer suas apresentações”, explicou.

O Latino Americano é o negócio da família, no qual trabalham Roseane, seu pai, seu marido e o seu irmão.

 Além das brincadeiras de circo, o Latino Americano mantém parceria com uma produtora de eventos para levar aos seus espetáculos, personagens como o Homem de Ferro. Foto: Arquivo pessoal
Além das brincadeiras de circo, o Latino Americano mantém parceria com uma produtora de eventos para levar aos seus espetáculos, personagens como o Homem de Ferro. Foto: Arquivo pessoal

Questionada sobre a melhor parte de trabalhar em um circo, e viajar para diferentes lugares por muito tempo, Roseane, de 50 anos (42 trabalhando em circos) não exitou em responder que o melhor é conhecer cidades, pessoas e situações novas o tempo inteiro. “Às vezes nós fazemos muitas amizades, e é bem triste deixar todas, sabendo que poderemos nunca mais ver aquelas pessoas. E a alegria surge novamente ao pensar em tudo que nós vamos passar na cidade seguinte”, afirmou.

O público do circo são, principalmente, as crianças. Eles preparam atrações diferentes a cada dia. “Os espetáculos variam muito. Nós nos adaptamos ao gosto do público. Tem dia que o espetáculo é com a Galinha Pintadinha, outro, com o Homem de Ferro, e assim por diante... As crianças adoram!”, complementou Roseane.

Bola de Ouro

O parque Bola de Ouro está localizado ao lado da praça Maria Aragão, enquanto houver arraial por lá. Segundo Agostinho Filho, o parque já funciona há 23 anos, e é a fonte de renda de duas gerações da sua família. O parque conta com 13 brinquedos e, quem trabalha por lá, são o próprio Agostinho, o seu pai e os seus dois irmãos, além de outros contratados, para manter a segurança e cuidados do local.

 Há brinquedos para diferentes faixa etárias no Bola de Ouro. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com
Há brinquedos para diferentes faixa etárias no Bola de Ouro. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com

"O parque passa muito tempo em manutenção. Tudo é pensado para a segurança dos usuários, já que são eles que mantêm a 'vida' dos brinquedos. Aqui só tem sentido se todos que passam ficarem animados", contou.

Parque da Cidade

O parque, também instalado na rua do Viva, está ao lado do arraial da Cidade Operária. Ele vai funcionar durante o período junino no local, depois, seguirá como o Bola de Ouro, passando por diferentes bairros da cidade. O parque, segundo um dos proprietários, Zequinha Rodrigues, é o Parque da Cidade, “mas não tem um nome. É só ‘o parque de diversões’, pra quem passa por ele”.

Zequinha é de uma família de 10 irmãos, e todos já trabalharam neste parque, que tem oito brinquedos. Há 27 anos o seu irmão comprou o primeiro brinquedo, e foi crescendo ao longo dos anos. Atualmente, só ele e um dos irmãos trabalham no parque, com auxílio da mãe, que cozinha para os contratados.

 O Parque da Cidade está na Cidade Operária. Foto: Arlan Azevedo
O Parque da Cidade está na Cidade Operária. Foto: Arlan Azevedo

Há cerca de dois anos, Zequinha se deparou com problemas de saúde e não trabalhou mais de forma braçal no parque. “Eu comecei a trabalhar há mais de 40 anos em parques de diversão. Hoje, com 58, não posso mais trabalhar diretamente… É muito bom ver tudo montado, pronto para levar a diversão. Mas a etapa anterior a esta, a de montagem, é muito pesada”, desabafou.

Sobre rendimentos, Zequinha foi bem pontual. "Antigamente, quem tinha um parque desses, mesmo com poucos brinquedos, tinha até 'carrão' do ano. Hoje, o da comida é difícil de conseguir", disse.

E ele atribui à internet e às variedades de opções de lazer, a mudança de rendimentos dos parques, em geral. "Esses fatores desmotivam o público a saírem, buscarem algo diferente", afirmou.

Parque São José

Esse parque também não é de São Luís, mas passa sempre uma temporada, a do período junino, na cidade. Este ano, vai funcionar no arraial do Angelim, na Av. Daniel de La Touche.

O parque já funciona há 27 anos e tem, ao todo, 30 brinquedos. Em São Luís, a estrutura conta com 12 deles. Max Fontenele e seu irmão são os proprietários dessa negócio da família, que também passa por outros Estados ao longo do ano. “Esses tempos de crise tem se refletido no nosso trabalho. Os parques já foram ‘a grande atração’ quando chegam em uma cidade, mas, hoje, não tem o mesmo prestígio. Apesar disso, ainda é muito recompensante trabalhar nesse ramo”, afirmou.

 A roda gigante é um dos brinquedos mais procurados do Parque São José. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com
A roda gigante é um dos brinquedos mais procurados do Parque São José. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com

Em todos os casos acima, os responsáveis citaram algo em comum: a fiscalização tem se tornado cada vez mais exigente. “Antes, não eram exigidos tantos documentos. Mas, depois de acidentes em parque que vêm de fora, os órgãos competentes tem ‘ficado em cima’”, explicou Agostinho, quando perguntado sobre segurança.

E essa segurança se mostra necessária para todos. Por um lado, os proprietários não têm prejuízos com possíveis acidentes, e os usuários, não precisam se decepcionar ao usar algum brinquedo que deveria trazer diversão. E, assim, os parques continuam se mantendo como opções de lazer e entretenimento na cidade.

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