Na Cidade Operária

Obras inacabadas atraem usuários de drogas e viram foco do Aedes

As obras são as do 6º BPM e da Maternidade da Cidade Operária.

Arlan Azevedo/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32

SÃO LUÍS - O estado inacabado das obras, na Cidade Operária, do 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM) e da Maternidade da Cidade Operária tem incomodado os moradores e trabalhadores da região, devido ao uso inapropriado dos terrenos, transformados em lixões e abrigo para usuários de entorpecentes.

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Localizada em frente à Feira da Cidade Operária, a obra do 6º BPM, iniciada para ser a sede de um ponto de segurança para a população, é apontada como mais uma causa de assaltos e insegurança. A entrada de indivíduos pode ser feita por meio de uma porta, na parte de trás da obra. No momento da apuração, a porta encontrava-se aberta, com sinais de tentativas de corte na estrutura (veja o vídeo no final da matéria).

 Roupas e até mesmo panelas encontravam-se na área externa desta casinha fechada, mas com sinais de arrombamento, dentro da obra do 6º BPM. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com
Roupas e até mesmo panelas encontravam-se na área externa desta casinha fechada, mas com sinais de arrombamento, dentro da obra do 6º BPM. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com

Segundo a proprietária de um dos restaurantes em frente à obra, o terreno seria utilizado também como ponto para assaltantes se esconderem e praticarem furtos. “Eu já fui assaltada aqui, perto do trabalho. O assaltante saiu de dentro da obra [estava sem os tapumes de madeira cercando o prédio], furtou a minha bolsa e saiu correndo”, explicou.

 Na obra, encontram-se três trailers da PM abandonados. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com
Na obra, encontram-se três trailers da PM abandonados. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com

Já a obra da Maternidade está devidamente cercada, impedindo a entrada de pessoas. O problema denunciado lá seria um possível foco do mosquito Aedes aegypti, que estaria afetando a população do entorno da obra, na mesma rua da Feira da Cidade Operária. Maria de Jesus Silva mora em frente à obra e já foi contaminada com o vírus. “Eu e o meu marido já pegamos Zika e ainda estamos com os as dores da doença. Na vizinhança, muitas outras pessoas também pegaram. A gente acredita que o foco seja essa obra abandonada”, explicou.

 Em frente à feira da Cidade Operária, a obra tem servido como lixão. Segundo moradores, os próprios feirantes descartam lixo na obra. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com
Em frente à feira da Cidade Operária, a obra tem servido como lixão. Segundo moradores, os próprios feirantes descartam lixo na obra. Foto: Arlan Azevedo/Imirante.com

Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, Semosp, as obras não estão com atraso na entrega, e seguem no calendário de obras da prefeitura. A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), informou que a obra está passando por todos os passos pré-estabelecidos, aguardando, no entanto, repasses de verbas via governo federal. Veja abaixo, na íntegra, a nota enviada pela Semosp.

“A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) esclarece que as obras na Cidade Operária estão dentro do calendário de trabalhos estabelecido. A Semosp aguarda ainda o fim do período chuvoso para retomada dos trabalhos.

Em relação as obras da maternidade, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que referida obra passou pelas fases de medição e terraplanagem, e que aguarda repasse de recursos contratados junto ao governo federal para dar continuidade aos trabalhos”.

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