Caso Décio Sá

Jhonathan nega fama de "pistoleiro" e só teria matado Décio e Fábio Brasil

Assassino confesso do jornalista falou por mais de 2h e se contradisse em alguns pontos.

Diego Torres/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

SÃO LUÍS - O depoimento de Jhonathan de Sousa Silva dado nesta terça-feira (4) marcou o fim dos trabalhos no período da manhã. Durante duas horas e 10 minutos ele deu informações diferentes das fornecidas em depoimento e entrevistas. Jhonathan mudou praticamente tudo o que havia dito antes e atribuiu a fama de pistoleiro a um suposto acordo feito com a polícia.

Depois de inocentar “Júnior Bolinha” e dizer que toda a negociação das mortes de Décio e Fábio Brasil foi feita por intermédio de “Neguinho Barrão” o réu confesso se disse arrependido dos crimes e que a pressão psicológica dos delegados e promotores na SEIC fez com que ele delatasse os demais acusados, entre os quais Júnior Bolinha e Marcos Bruno Silva de Oliveira.

Acordo com a polícia e a fama

Para assumir a autoria do crime e falar tudo isso em frente às câmeras de pelo menos duas emissoras, entre as quais TV Mirante, Jhonathan teria aceitado um acordo que consistia em entregar outras pessoas em troca de livrar o primo, Gleison Macena, preso com ele por tráfico e garantir segurança à família.

“A polícia já tinha uma linha de investigação e só queria que eu confirmasse”, explicou. A pressão psicológica a que se referiu seria em virtude de ameaças feitas a ele e à sua família. “Iam me jogar no presídio e levar 400 facadas que nem a minha mãe me reconheceria”, continuou.

Mais Contradições

Num dos momentos em que era inquirido pelo promotor Rodolfo Reis, Jhonathan diz que só aceitou o “trabalho” por estar sem dinheiro e recém saído da prisão. Em seguida, quando perguntado de que maneira custeou a viagem para Teresina onde mataria Fábio Brasil, o acusado disse que “pagou do próprio bolso” numa clara intenção de livrar Júnior Bolinha, pessoa a qual, em depoimento, afirmou que o entregou uma foto de RG da vítima. “Foi neguinho quem me disse quem era Fábio Brasil. Júnior Bolinha não entregou nada.”

O juiz Osmar Gomes também fez perguntas ao acusado. Ele quis saber quantas vezes foi visitado por seus advogados enquanto esteve no presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul e quem estava pagando os honorários de seus advogados, uma vez que ele se declarou pobre e teria a sua disposição defensores públicos. “Meu pai. Ele trabalha com postos de combustíveis no Pará”, finalizou.

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