Polícia

Policial e vigilante são presos suspeitos de facilitar fuga de Júnior Bolinha

Bolinha teria sequestrado um empresário devido a um débito de R$ 180 mil. Ele é um dos acusados da morte de Décio Sá.

Pedro Sobrinho / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h59

SÃO LUÍS - A delegada geral da Polícia Civil do Maranhão, Maria Cristina Resende, confirmou em entrevista à Rádio Mirante AM, na manhã deste domingo (22), a prisão do empresário Raimundo Sales Chaves Júnior, "Júnior Bolinha", acusado de participação no assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, além do agente da Polícia Civil, José de Ribamar da Conceição Martins, de 55 anos, investigador da Polícia Civil há 32 anos, lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), no bairro da Vila Palmeira, e o vigilante Ednaldo Cruz da Silva (da empresa privada Potencial). A cúpula da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA) esteve reunida com à imprensa, na manhã deste domingo (22), no prédio do órgão, para esclarecer sobre o caso. O agente José de Ribamar está preso na Delegacia da Cidade Operária.

Maria Cristina Resende disse que a Polícia já vinha monitorando os passos de Júnior Bolinha dentro da cadeia. Ela afirmou que a fuga dele da delegacia foi facilitada pelo policial civil e do vigilante, que confessou ter recebido R$ 150. José de Ribamar teria se afastado do local de trabalho e pediu para que Ednaldo fosse até à cela de Bolinha.

Fuga & Sequestro

A delegada geral disse que Bolinha fugiu, nesse sábado (21), em um veículo, cuja marca não foi divulgada, conduzido por um irmão dele. A dupla teria sequestrado um empresário porque ele devia a importância de R$ 180 mil de aluguel de máquinas ao indiciado na morte do jornalista Décio Sá. A polícia saiu em perseguição dos dois. O empresário se jogou do carro e foi socorrido pelos policiais, que deram continuidade a diligência. Júnior Bolinha foi recapturado na Avenida dos Holandeses, no Bairro do Calhau.

Inadmissível

Maria Cristina Resende ressaltou que a Polícia Civil cumpriu o seu papel ao punir o policial suspeito de envolvimento no caso.

- A Polícia Civil não pode compactuar com irregularidades dentro da corporação. Portanto, os maus policiais serão advertidos quando suspeitos ou envolvidos em crimes. Nós queremos uma polícia fortalecida e de credibilidade junto à sociedade - assegurou.

De acordo com a delegada Maria Cristina, ele foi autuado em flagrante por sequestro, cárcere privado e corrupção ativa. Bolinha e o vigilante foram transferidos o Centro de Detenção Provisória, o CDP, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Reginaldo e o policial, suspeitos de facilitar a fuga de Júnior Bolinha, foram autuados por crime de corrupção passiva.

Entenda o Caso

Décio Sá foi morto a tiros em 23 de abril de 2012, em um bar na Avenida Litorânea, em São Luis. O Ministério Público denunciou 12 pessoas pelo crime e, em agosto de 2013, onze foram pronunciadas para ir a júri popular.Os acusados do assassinato do jornalista serão julgados em fevereiro de 2014.

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