Reconhecimento

Marinha do Brasil realiza, em São Luís, seminário sobre Jerônimo de Albuquerque

Primeiro brasileiro nato a comandar uma força naval, ele se destacou em lutas no século XVII.

Maurício Araya / <b>Imirante.com</b>

Atualizada em 27/03/2022 às 12h00

SÃO LUÍS – A Marinha do Brasil realiza, nesta quarta (20) e quinta-feira (21), na Cidade Universitária da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, um seminário sobre Jerônimo de Albuquerque Maranhão, que se destacou nas lutas travadas contra os franceses, na região Nordeste do país, no século XVII. No Maranhão, foi nomeado "capitão da conquista" em 17 de junho de 1614, que, à época, se encontrava sob o domínio dos franceses, que haviam erigido o forte São Luís, instalando, assim, uma colônia: a França Equinocial. Na madrugada de 19 de novembro de 1614, Jerônimo de Albuquerque e sua força naval – apesar de numericamente inferior – atacaram navios franceses, logrando vitória. Ele, também, é reconhecido por fundar a capital do Estado do Rio Grande do Norte, Natal, em 1599.

De acordo com o diretor de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha do Brasil, vice-almirante Armando de Senna Bittencourt – que fará a conferência inaugural –, trata-se de um reconhecimento: a Marinha do Brasil decidiu transformá-lo em herói naval, por ser o primeiro brasileiro nato a comandar uma força naval, já em 1613. "É um herói militar. Venceu a Batalha de Guaxenduba, importantíssima, a batalha decisiva contra os franceses no Maranhão. Ele é um herói aqui, é um herói no Rio Grande do Norte, é um herói nacional, é um herói militar. O detalhe é que nós sabemos, também, e relembramos, agora, que ele foi um herói naval", disse em entrevista ao Imirante.com nesta manhã – ouça a entrevista na íntegra, em que fala um pouco mais sobre a trajetória de Jerônimo de Albuquerque.

O pesquisador lembra que Jerônimo de Albuquerque teve um papel fundamental no engajamento dos índios em batalhas, com objetivo de manter o Brasil unido. "Era um homem capaz de mediar as duas culturas", completa.

O seminário ocorre no Auditório Central da UFMA – com capacidade total para 350 pessoas –, das 14h às 18h. Interessados, ainda, podem participar. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (98) 2107-0101.

"Operação Verão"

A Marinha, também, preparou o programa de fiscalização no fim de ano, conhecido como "Operação Verão". Segundo o comandante da Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), capitão-de-mar-e-guerra, Jair dos Santos Oliveira, as fiscalizações se concentrarão na orla da Região Metropolitana – São Luís, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e Alcântara. "A gente verifica documentação da embarcação e do condutor, de porte obrigatório. (...) Nós verificamos toda a parte estrutural da embarcação. Nós verificamos extintores de incêndio, nós verificamos luzes de navegação. (...) Nós verificamos, principalmente, o material de salvatagem", explica – ouça a entrevista.

Entre as recomendações do comandante aos navegantes, está a verificação da meteorologia e ter atenção à maré. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone 0800-098-8432 (ligação gratuita) ou na própria Capitania dos Portos, que fica localizada na Avenida Dom Pedro II, nº 2, no Centro de São Luís.

Vale Indonésia

Durante a entrevista, o comandante da CPMA comentou os trabalhos para retirada da carga do navio Vale Indonésia, que, em setembro deste ano, tocou no fundo do canal, na Baía de São Marcos, quando manobrava em direção à área de fundeio nº 1 do Terminal Ponta da Madeira (TPM), na capital maranhense. Há três semanas, foi apresentado o plano de salvamento do navio, já aprovado pela CPMA. "Esse plano consiste na montagem de dois grandes guindastes no convés do Vale Indonésia, lá fora, a 40 milhas. (...) Cerca de 50 caminhões chegaram a São Luís trazendo peças desses dois guindastes. Esses dois guindastes foram pré-montados lá no Porto do Itaqui, aí veio um navio especial para pegar esses dois guindastes já pré-montados e transportá-los até o Vale Indonésia", esclarece Jair dos Santos.

Dois navios vão transportar parte da carga da embarcação – um total de 393 mil toneladas de minério de ferro. Em função da grande movimentação da maré, na última segunda-feira (18), um desses navios – já carregado com 10 mil toneladas de minério – teve que se afastar do Vale Indonésia. A expectativa é de que os trabalhos sejam retomados nesta quinta-feira, quando deve ser iniciada a retirada de mais 54 mil toneladas de minério de ferro.

Ainda de acordo com o comandante, a previsão é que todo o trabalho tenha sido finalizado até a segunda semana de dezembro, e o navio seja liberado para seguir viagem.

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