Caso Décio Sá

Confirmado, para maio, início das audiências com testemunhas no caso Décio Sá

Durante os 15 dias de julgamento, mais de 55 pessoas serão ouvidas.

Imirante, com informações de O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h09

SÃO LUÍS - No dia 6 de maio deste ano, terão início as audiências das testemunhas de defesa, acusação e os acusados arrolados no processo do assassinato de Décio Sá. A morte do jornalista da editoria de política de O Estado do Maranhão, Décio Sá, completa, nesta terça-feira (23), um ano. Décio foi morto a tiros no dia 23 de abril de 2012, em um bar da avenida Litorânea.

As audiências de instrução ocorrerão até o dia 24 do próximo mês, no Salão do Júri, no 1º andar do Anexo do Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, a partir das 9h, de segunda-feira a sexta-feira. Durante os 15 dias, mais de 55 pessoas serão ouvidas pela juíza Ariane Mendes Castro Pinheiro, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, que é a responsável pelo caso - leia mais sobre o assunto na página eletrônica de O Estado.

Na primeira semana de oitivas, serão ouvidas as testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público (MP). São 55 depoentes, em média, 15 testemunhas por dia. Entre estas estão jornalistas, blogueiros, empresários, políticos, familiares, amigos e colegas de trabalho de Décio Sá.

Na segunda semana, é a vez dos depoimentos das testemunhas de defesa. Ainda não há um número exato de pessoas a serem ouvidas porque os advogados dos acusados podem apresentar testemunhas em banca - no dia das oitivas. Na terceira semana de instrução, serão interrogados os acusados no processo.

Denúncia

O MP ofereceu denúncia contra 13 pessoas pelo assassinato do jornalista Décio Sá. A denúncia do crime foi apresentada a 1ª Vara do Tribunal do Juri. Foram denunciados todos os envolvidos diretamente no assassinato do blogueiro. "Ao longo das investigações, foram ouvidas mais de 160 pessoas, entre testemunhas e suspeitos no envolvimento com o crime, mas irão participar das oitivas as testemunhas-chave, que são aquelas que têm vinculação com cada acusado que foram denunciados após a reunião de provas que não deixam dúvidas da sua participação na encomenda e execução da morte de Décio Sá", informou o promotor Luiz Carlos Duarte a O Estado.

O MP investigou o caso durante três meses. Os trabalhos foram executados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) que investigou os crimes e atos de improbidade administrativa que estão sendo ligados à morte de Décio Sá. No dia seguinte à morte do blogueiro, o procurador-geral de Justiça do Estado do Maranhão, em exercício, Eduardo Jorge Hiluy Nicolau, designou os promotores Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues, Ana Carolina Cordeiro de Mendonça Leite e Luiz Muniz Rocha Filho, integrantes do Gaeco, para acompanharem as investigações do homicídio.

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