SÃO LUÍS - Os municípios de Coroatá e Barreirinhas receberão, respectivamente, nos dias 18 e 19 e 25 e 26 deste mês, o Mutirão de Hérnia promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e pela Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), com participação de membros do grupo internacional Operation Hernia. Por essa iniciativa, um grupo de cirurgiões brasileiros e estrangeiros vai operar pacientes naquelas cidades. Nos dias 21 e 22 ocorre, em São Luís, o Simpósio Internacional de Hérnia com as presenças de médicos convidados do Brasil e exterior.
Os médicos Andrew Kingsnorth, Tood Heniford, James Brewer, Shambhu Yadav, Lorenzo Dimpel, Heidi Miller e Jane Kingsnorth vêm da Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha para realizarem as cirurgias no Maranhão. “O Operation Hernia atua no mundo todo e opera sempre usando os materiais fornecidos pela organização, que não tem fins lucrativos. No caso do Maranhão, tudo será fornecido pela SES e eles vêm apenas operar”, explica o médico e diretor do Hospital Tarquínio Lopes Filho, Luiz Alfredo Guterres.
Além do diretor do hospital, do Estado participarão dos mutirões os médicos Manoel Francisco e Ozimo Gama. A equipe médica será composta ainda por Flávio Malcher (RJ), Leandro Toti (RS), Marcelo Furtado (SP), Renato Melo (GO) e Anísio Alexandre (CE).
Tanto em Coroatá como em Barreirinhas serão operados cerca de 40 pacientes, em cada cidade. Eles foram selecionados pelas equipes dos hospitais Macrorregional Mamede Trovão, de Coroatá, e Geral de Barreirinhas. De acordo com Luiz Alfredo Guterres, as cirurgias dos dois mutirões serão feitas pelo método convencional.
Ele explica que a hérnia é o diagnóstico mais comum entre as alterações degenerativas da coluna lombar. É também a principal causa de cirurgia de coluna na população adulta. “Cinco por cento da população adulta tem pré-disposição a ter problemas de hérnia”, ressalta Luiz Alfredo Guterres.
Simpósio
Entre o mutirão de Coroatá e o de Barreirinhas, acontecerá nos dias 21 e 22 deste mês, em São Luís, o Simpósio Internacional de Hérnias da Parede Abdominal, no auditório do Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM-MA). O evento terá a presença dos integrantes do grupo Operation Hernia e convidados nacionais.
Sob a coordenação dos maranhenses Luiz Alfredo Guterres e Manoel Francisco, e de Flávio Malcher, do Rio de Janeiro, o simpósio terá a parte teórica, dia 21, e a prática, dia 22. Esta última será no Hospital Tarquínio Lopes Filho, com cirurgias de hérnia por meio da técnica de laparoscopia.
Integram a programação teórica mesas redondas, além de palestras e conferências ministradas pelos mais renomados pesquisadores da área. Para que todos tenham acesso, haverá tradução simultânea. As vagas são limitadas e podem ser feitas no endereço eletrônico www.sbhernia.com.br/simposio_internacional.asp.150 ou no Hospital Tarquínio Lopes Filho, localizado no bairro Madre Deus (Centro).
No primeiro dia as atividades começam às 8h com o credenciamento e logo depois, às 9h, será montada a mesa redonda “Biomateriais”, que discutirá, entre outros temas, as novidades em telas para cirurgia de hérnia inguinal.
Serão discutidos ainda assuntos como herniorrafia inguinal, herniorrafia ventral e peritoniostomia. Às 17h, será proferida, pelo médico Domingos Costa, a conferência de encerramento “Historia das Missões: Como começou e quais os resultados?”.
O Simpósio Internacional de Hérnias da Parede Abdominal é promovido pela SES, Hospital Tarquínio Lopes Filho e Sociedade Brasileira de Hérnia.
Saiba Mais
- A hérnia da parede abdominal ocorre quando parte de um órgão (normalmente, alças do intestino delgado) se desloca, através de um orifício (chamado de anel herniário), e invade um espaço indevido (saco herniário).
- Esse deslocamento somente é possível devido ao enfraquecimento do tecido protetor dos órgãos internos do abdômen, que pode ocorrer em consequência de um problema congênito ou pode estar associado a esforços em demasia (exercícios físicos, gestação ou obesidade, por exemplo) que deixam a parede abdominal fragilizada.
- O maior perigo da hérnia surge quando há a conjunção de dois fatores: grande volume do órgão deslocado – aumentando o conteúdo no saco herniário – e anel herniário estreito, o que dificulta o vai-e-vem do órgão. Esta situação faz com que o conteúdo herniário fique preso (encarcerado) no saco herniário e sujeito a provocar o estrangulamento herniário, que implica na torção das alças intestinais. A torção pode provocar obstrução intestinal, que tem como sintomas as cólicas abdominais e a dificuldade para eliminar gases e fezes.
- Esse quadro é muito grave e exige cirurgia em caráter de urgência, pois a compressão dos vasos sanguíneos promove a gangrena da alça intestinal torcida e a sua ruptura. Consequentemente, ocorre uma infecção grave que se estende para a cavidade peritoneal, fazendo um quadro de peritonite aguda. Diante disso, a cirurgia é emergencial, pois há risco de morte.
Para ler mais notícias do Imirante, clique em imirante.com. Também siga o Imirante no Twitter e curta nossa página no Facebook.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.