Saúde

SES adota medidas para auxiliar a saúde em São Luís

Em nota, a Secretaria da Saúde informou que as medidas são emergenciais e inadiáveis.

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h13

SÃO LUÍS – Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (20), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) comunicou que irá adotar medidas, de forma emergencial, para auxiliar o combate aos prejuízos causados pelos problemas na rede municipal de saúde em São Luís e ajudar no funcionamento dos hospitais, até que o prefeito eleito, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), assuma o cargo no próximo dia 1º de janeiro.

Entre as medidas, está a disponibilidade de ambulâncias da Secretaria da Saúde para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), até a recuperação da frota, a disponibilização de material médico, serviços de exame hospitalar e limpeza e equipes de profissionais para ajudar na volta à normalidade da rede municipal de saúde e a requisição do prédio construído pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em terreno do Hospital Tarquínio Lopes Filho, visando à criação de mais 100 leitos para o Hospital Geral.

A rede municipal de saúde em São Luís atravessa diversos problemas, entre eles a falta de manutenção dos equipamentos, a ausência de insumos básicos e a ameaça de paralisação das equipes de saúde por causa de salários atrasados. Segundo a SES, essa situação em São Luís ocasiona o congestionamento das UPAs e dos hospitais de retaguarda, como o Hospital Geral e o Hospital Carlos Macieira, que estariam atendendo acima da capacidade normal para a melhor prestação de serviço.

Na manhã desta sexta-feira (21), o secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, vai realizar uma coletiva de imprensa para falar da situação dos Socorrões de São Luís. A coletiva começa às 9h30, no Auditório do Hospital Carlos Macieira (Calhau).

Leia a nota da SES na íntegra

Considerando a grave situação de atendimento da rede municipal de saúde de São Luís, especialmente nos Hospitais Socorrão I, Socorrão II e Hospital da Criança, ocasionada pela falta de insumos básicos para a devida prestação dos serviços médicos, pela dificuldade de operacionalização dos equipamentos por falta de manutenção, e ainda a ameaça de paralisação das equipes de saúde por atraso no pagamento dos seus salários, fatos que estão causando graves prejuízos à comunidade usuária do Sistema Único de Saúde na capital do Estado, com risco de morte para os pacientes em demanda a esses serviços.

Considerando, ainda, que essa situação também está ocasionando o congestionamento das UPAS da rede estadual e dos hospitais de retaguarda clinico-cirúrgica, como o Hospital Geral, o Hospital Carlos Macieira e o Hospital Infantil Juvêncio Matos, os quais estão sendo obrigados a realizar atendimentos muito acima de sua capacidade operacional, o que pode ocasionar queda na qualidade dos atendimentos, e a suspender o desenvolvimento de algumas ações como cirurgias oncológicas, neurocirurgias e cirurgias eletivas, a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão vem, por meio desta Nota Oficial, comunicar à população que resolveu, de forma emergencial e inadiável, adotar as seguintes medidas, até que o prefeito eleito assuma o comando da administração municipal:

1-Disponibilizar, em caráter de urgência, para os hospitais da rede municipal de São Luís, materiais médicos, medicamentos e alimentação, assim como serviços de ambulância, de limpeza e de desinfecção hospitalar, de exames laboratoriais, e ainda, caso necessário, equipes de profissionais da saúde, de forma que os atendimentos nas unidades da rede municipal voltem, o mais breve possível, à normalidade;

2- Requisitar emergencialmente à Universidade Federal do Maranhão a cessão do prédio construído pela UFMA em terreno do Hospital Tarquínio Lopes Filho, que está atualmente sobrecarregado em decorrência da crítica situação descrita na rede municipal. Esta cessão possibilitará o imediato acréscimo de 100 leitos no Hospital Geral, trazendo uma rápida resposta às necessidades de atendimento à saúde da população.

3- Colocar à disposição do SAMU ambulâncias da Secretaria de Estado da Saúde até que sua frota seja recuperada e colocadas em operação.

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