Saúde

Treinamento visa levar informações de saúde aos surdos

Atualizada em 27/03/2022 às 12h16

SÃO LUÍS - O Departamento Estadual de Atenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e AIDS, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou nesta quarta-feira (24), treinamento especial para que profissionais de saúde possam atuar junto a grupos de surdos, como disseminadores de informações em saúde. A capacitação termina nesta sexta-feira (26).

O treinamento faz parte de uma experiência exitosa em sete estados do Brasil, intitulada "Projeto Tampopo", e está sendo possível graças a uma parceria firmada entre a SES-MA e a organização não governamental RIT (Rede Internacional Tampopo), que recebe apoio financeiro e logístico do Governo do Japão.

A intenção do treinamento é repassar aos participantes técnicas específicas de abordagem e conversação desenvolvidas pelo projeto, para atender as necessidades dos surdos de receberem informações sobre diversos temas, como higiene pessoal, cuidados com alimentação, Hepatite "C", DST'S/AIDS, entre outros.

Para o coordenador do projeto Geovane Salles, que também é diretor da RIT, em Pernambuco, cidade onde o projeto iniciou em 2008, a importância desse trabalho está não apenas na disseminação das informações, mas principalmente no ato de priorizar a conversação com o surdo. "Destinar as informações diretamente ao surdo faz com este se interesse pelo assunto a fundo. Nos hospitais, por exemplo, mesmo quando há a presença de interpretes de libras e sinais, o surdo acaba ficando em segundo plano e às vezes nem sabendo do que se passa com ele", alerta o coordenador, que também é surdo e diz já ter vivido na pele situações como esta.

Projeto

Devido à ligação do projeto com o governo japonês, o nome TAMPOPO dado ao projeto faz referencia a uma flor japonesa conhecida como dente-de-Leão, que espalha sementes levadas pelo vento para germinam em outros lugares. O objetivo principal é impedir o aumento da taxa de infecção por HIV/AIDS entre surdos e pessoas com outras deficiências que sejam analfabetas, desenvolvendo um trabalho de surdo para surdo, com comunicação visual, através de libras e linguagens de sinais.

As informações são da Secom do Estado.

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