SÃO LUÍS - O décimo terceiro salário terá um impacto este ano de R$ 1.718.783.941,00 na economia maranhense, beneficiando 1.599.010 trabalhadores do mercado formal público e privado, empregados domésticos e aposentados e pensionistas da Previdência Social e do regime próprio do Estado. Cerca de 70% desses recursos deverão ser pagos nos últimos meses deste ano, segundo o Departamento Intersindical de Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O montante que será injetado na economia do estado, representa crescimento de 14,3% em relação ao ano passado, quando foi pago R$ 1.502.808.499. O valor também corresponde, de acordo com o Dieese, a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O valor médio a ser pago do décimo terceiro este ano é de R$ 1.030,00, ante R$ 928,00 em 2011 (variação de 11%).
Em entrevista a O Estado, por telefone, o coordenador de relações sindicais do Dieese Nacional, José Silvestre Prado de Oliveira, disse que do total a ser pago em décimo terceiro este ano, 60,8% são em benefício dos trabalhadores do mercado formal, incluindo empregados domésticos, e 39,2% correspondentes a aposentados e pensionistas.
Do valor de R$ 1.718.783.941,00 do benefício, também conhecida como gratificação natalina, a maior fatia corresponde aos assalariados dos setores público e privado, que ratearão o total de R$ 1.038.941.507,00. Já os aposentados e pensionistas, a quantia de R$ 674.570.209,00 e os empregados domésticos, R$ 7.272.225,00.
José Silvestre de Oliveira disse que o crescimento no montante a ser pago este ano pode ser associado a dois fatores: aumento de renda e criação de mais empregos. “Identificamos, porém, que o aumento na renda teve maior influência no incremento do valor do décimo terceiro, principalmente por causa do reajuste do salário mínimo”, informou.
Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração.
Brasil
Dados do Dieese informam que até dezembro de 2012 devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 131 bilhões em decorrência do pagamento décimo terceiro salário. Este montante representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Cerca de 80 milhões de brasileiros serão beneficiados.
O número de pessoas que receberá o décimo terceiro salário em 2012 é cerca de 2,5% superior ao calculado em 2011. Estima-se que 2 milhões de pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão, por terem se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda por terem tido o seu vínculo empregatício formalizado.
Dos cerca de 80 milhões de brasileiros beneficiados, aproximadamente 30 milhões, ou 37% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (49 milhões de pessoas) correspondem a 62% do total. Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam quase dois milhões, equivalendo a 2,4% desse conjunto de beneficiários do abono natalino.
Além desses, aproximadamente um milhão de pessoas (ou 1,2% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um conjunto de pessoas constituído por aposentados e pensionistas dos estados (regime próprio) que vai receber o 13º e que não puderam ser quantificados.
Do montante a ser pago a título de décimo terceiro, cerca de 20% dos R$ 131 bilhões, ou seja, pouco mais de R$ 26 bilhões, serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 93 bilhões, ou 71% do total, irão para os empregados formalizados; incluindo os empregados domésticos. Aos aposentados e pensionistas da União, caberá o equivalente a R$ 6,4 bilhões (4,9%) e aos aposentados e pensionistas dos Estados, R$ 5,3 bilhões (4,1%).
Mais
A estimativa feita pelo Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2011, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).
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