Eleições 2012

Secretário Aluísio Mendes faz avaliação da segurança nas eleições

Em alguns municípios maranhenses, reforço policial está sendo mantido.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h16

SÃO LUÍS – As eleições municipais de 2012, em seu primeiro turno – ocorrido no último domingo (7) –, terminaram com um saldo de 25 prisões em todo o Maranhão, sendo mais de 200 ocorrências de pequeno poder ofensivo. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Aluísio Mendes, ao Imirante, nesta quinta-feira (11). Ele ressalta que, durante todo o período do pleito, nenhum incidente grave foi registrado.

As prisões iniciaram-se logo no sábado (6), quando quatro policiais de São Paulo foram presos em Santa Inês, suspeitos de fazer a segurança de um candidato a prefeito da região. A mesma situação aconteceu em São Raimundo Doca Bezerra, na microrregião do Médio Mearim, onde dois agentes penitenciários do Piauí foram autuados em flagrante durante uma blitz, fazendo a segurança pessoal de um candidato a prefeito em Esperantinópolis. No domingo, um bombeiro militar foi preso em Santa Inês na mesma situação. As últimas prisões aconteceram em Davinópolis, cidade localizada a 663 quilômetros de São Luís, na região Tocantina. Cinco policiais militares do Pará foram detidos após denúncias.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) do Maranhão confirmou, ainda, a existência de milícias atuando em vários municípios maranhenses durante as eleições. "A informação que eu tenho é de que não foi algo inédito, mas foi a primeira vez em que a polícia identificou esses grupos e os prendeu. A atuação desses grupos, aqui, já vinha de muito tempo", disse o secretário Aluísio Mendes.

Sobre a utilização de helicópteros na distribuição de "santinhos" e dinheiro, a informação foi negada pelo secretário. De acordo com ele, uma aeronave chegou a ser abordada, na cidade de Grajaú, mas nenhuma irregularidade foi constatada.

"Lei Seca"

Quanto à proibição da venda de bebidas alcoólicas durante o período de eleições, o secretário de Segurança Pública afirma que, embora reconhecendo ser exagerada, a medida foi necessária. "Eu reconheço que foi uma inovação que criou certa insatisfação na população, mas nós tínhamos uma preocupação muito grande com relação à segurança nessas eleições. Percebemos que a bebida, utilizada de maneira, às vezes, até criminosa, não contribui nesse momento, porque os ânimos estão muito acirrados. Então, nós sabíamos que era uma medida um pouco antipática, que iria criar uma série de questionamentos, mas ela era necessária", afirma.

Aluísio Mendes reforça, ainda, que a medida atendeu às solicitações de juízes eleitorais. Para o segundo turno, a SSP já estuda uma flexibilização do período de vigência da "Lei Seca".

Vandalismo

Em Senador Alexandre Costa, município que não recebeu reforço das tropas federais, um grupo de 30 pessoas invadiu, quebrou e incendiou os prédios públicos da cidade. A Polícia Civil de Presidente Dutra autuou quatro pessoas suspeitas por depredação no município.

"Não foi um dos municípios elencados para o reforço de tropas federais, mas nós tínhamos reforçado o policiamento na cidade. Já havia indicações de que haveria um problema ali. Nós deslocamos um efetivo grande para a região, que permaneceu até o domingo, mas eles esperaram que o reforço saísse da cidade para cometer os atos bárbaros", afirma Aluísio.

Segundo o secretário, foi decretada da prisão do candidato a prefeito e vice-prefeito da cidade.

Em outros municípios, que receberam o reforço de tropas federais, as eleições transcorreram tranquilamente. "Nos municípios onde atuamos, aqueles em que nós identificamos uma possibilidade de que algo poderia acontecer no período pós-eleição, se permaneceu, a exemplo de alguns municípios onde nós continuamos, até hoje, com esse reforço. Nós estamos fazendo uma avaliação dia a dia, e eles só sairão da cidade quando nós entendermos que a situação está plenamente calma", completa.

Fogos de artifício

Após as mortes duas pessoas que foram atingidas por fogos de artifício durante um comício em Bacabal, o juiz eleitoral da cidade, Roberto de Paula, sugeriu, ao Congresso Nacional, a criação e aprovação de uma lei proibindo o uso de fogos de artifício em carreatas e comícios durante a campanha eleitoral.

"Eu acho que é um assunto que precisa ser discutido. Hoje, por exemplo, já é proibido fogos de artifício em estádios de futebol, devido a uma série de incidentes já ocorridos. Alguma coisa tem que ser feita no sentido da utilização desse tipo de artifício onde há grande aglomeração de pessoas. Ou uma fiscalização mais intensa, ou uma proibição total disso, mas alguma coisa precisa ser feita para evitar acidentes como o que aconteceu em Bacabal", finaliza o secretário.

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