SÃO LUÍS - O juiz eleitoral de Bacabal, no Maranhão, Roberto de Paula, sugere do Congresso Nacional a criação e aprovação de uma lei proibindo o uso de fogos de artifícios em carreatas e comícios durante a campanha eleitoral.
Em entrevista ao jornalista Roberto Fernandes, no programa Ponto Final, na rádio Mirante AM, o magistrado lamentou o episódio ocorrido em Bacabal. Um jovem identificado como Jonathas, de 20 anos, foi atingido por fogos de artifícios durante um comício na cidade. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. A morte de Jonathas causou comoção na cidade e deixou a família inconsolável. O pai da vítima e uma outra pessoa, que está hospitalizado, mas não corre risco de morte, também foram atingidos pelo objeto.
Para Roberto de Paula, o uso dos fogos de artifícios devem ser banidos da campanha eleitoral.
- A vedação ao uso de fogos de artifícios se faz necessária tendo em consideração a utilização desmedida de tal instrumento, incomodando o sossego público e se equiparando a shows pirotécnicos, a abuso de poder econômico, considerada a monta de valores gastos na aquisição dos fogos, além de serem potenciais causadores de acidentes”, argumenta o juiz.
O juiz eleitoral conclamou a população para repudiar o uso dos fogos de artifícios. Ele acha que a medida deve ser estendida as carreatas.
- Existem outras estratégias para que os candidatos conquistem os votos do seu eleitorado. Os debates e a campanha gratuita no rádio e na TV são dois bons exemplos. Além de não aceitar o uso dos fogos de artifícios, a população não deve permitir as carreatas. Na maioria delas há excessos, como é o caso de poluição sonora, pessoas ingerindo bebida alcóolica - advertiu.
O caso da morte do jovem Jonathas, estudante de enfermagem, está sendo investigado pela polícia e acompanhado pela Justiça. Ele garantiu que os culpados serão responsabilizados.
O juiz Roberto de Paula elogiou o trabalho em conjunto entre o Tribunal Regional Eleitoral e a Secretaria de Estado de Segurança Pública durante as eleições em todo o Estado.
- Isso só foi possível graças ao plajenamento e esforço em conjunto da Justiça Eleitoral no Estado e a equipe da Secretaria de Segurança Pública e o apoio de Tropas Federais. E o resultado final foi de uma eleição tranquila em todo o Maranhão - ressaltou.
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